álbuns das divas pop de 2013

O site gringo Idolator resolveu responder uma das perguntas mais pertinentes deste ano na música Pop: Por que as grandes divas do pop desapontaram em 2013? Confira o texto a seguir e diga o que você acha nos comentários…

2013 não foi um ano ruim para  a música pop, Justin Timberlake retornou às paradas, não com um, mas dois álbuns, e os meninos do One Direction provaram que bandas com meninos bonitos que cantam bem fazem muitos fãs e músicas boas.

Ouve grandes hits de novos artistas, como Lorde e Icona Pop, que mostraram que boas músicas triunfam, mesmo de nomes desconhecidos. Até mesmo sem remixes com Pitbull, ou o toque ‘viciado’ de midas do Dr. Luke.

Mas as grandes divas, que sempre demonstram ter grande apelo na indústria pop e muita gente ama, falharam com seus glamourosos álbuns. Elas não chegaram lá, tanto nas vendas muito abaixo do esperado e a recepção morna da crítica.

Considerados as quatro maiores divas da música pop deste ano: Katy Perry, com seu record de vendes mais álbuns que Michael Jackson; Miley Cyrus, que se reinventou ao longo do ano; Lady GaGa, que tinha anunciado ARTPOP como um lançamento que iria definir uma época; e Britney Spears, que na verdade, não diz ser algo que não seria, e continuou sendo ela mesma.

Divas do Pop de 2013

Katy veio com vendas sólidas do Prism, vendendo 286.000 cópias em sua primeira semana de lançamento, enquanto Miley fechou a semana de Bangerz com 270.000 unidades, e GaGa com 260.000 cópias de ARTPOP. Infelizmente, o Britney Jean não conseguiu mais do que 108.000 cópias.

Em comparação com outros lançamentos deste ano, Timberlake vendeu 968.000 cópias do primeiro The 20/20 Experience somente na primeira semana; Midnight Memories do One Direction fechou a 1ª semana com 546.000. Comparando com 2012, Taylor Swift, que teve a melhor 1ª semana de vendas daquele ano, vendeu 1,2 milhão de cópias do Red. Enquanto GaGa, em 2011, vendeu mais de 1,1 milhão em 2011.

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Sem surpresas, a recepção da crítica seguiu-se abaixo do que deveria ser. O site Metacritic, que é um agregador de reviews, mostra que Prism, Bangerz e ARTPOP – que venderam quase a mesma média – tiveram uma média de 61, enquanto o Britney Jean recebeu 50 de 100.

Red recebeu 77, The 20/20 Experience marcou 75, o poderoso álbum 21 de Adele (que foi o álbum mais vendidos de 2011 e 2012) marcou 76, e Born This Way recebeu 71. Midnight Memories não foi incrivelmente recebido com 60, mas a força dos directioners movem montanhas.

Resumindo: Álbuns bons vendem mais cópias. E em 2013, as Rainhas do Pop não o fizeram.

Pode-se culpar o excesso de promoção (ou a falta dela), ou as estratégias de vendas, ou a ênfase nos singles e não nos álbuns, ou muitas outras coias, mas tudo parece bem mais obscuro do que isso.

Uma das coisas que caracterizou o sucesso das mulheres no pop este ano foi a reação de um material autêntico ou não. Ou pelo menos, era isso que os empresários achavam que caracterizaria o sucesso delas. Na verdade, esse pode ter sido o problema. Os álbuns eram considerados honestos, mas não possuíam o conceito necessário para agradar ao público.

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Depois da fase obscura da separação com Russel Brand, Katy Perry se comprometeu a “deixar a luz entrar” em Prism, resultando num produto morno para o que realmente estava acontecendo a ela. Onde estava a dor, a angústia e a volta por cima? O gancho raso de sentimentos de “Roar”, só deixou claro como o álbum viria, quase uma versão de “Teenage Dream”.

Britney Spears prometeu “seu álbum mais pessoal” com Britney Jean. Mas os 36 minutos do álbum parece que não fez ninguém conhecer Britney a fundo. Apesar disso, a cantora co-escreveu quase todas as canções do CD, apesar de ter exagerado nos sons de computadores. Culpa do produtor Will.I.Am, talvez. (Confira a minha crítica ao Britney Jean.)

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Miley Cyrus teve dois excelentes singles com “We Can’t Stop” e “Wrecking Ball,” mas Bangerz parece ter sido ofuscada pelas ações cômicas exageradas e a insistência da cantora de ser provocante, talvez quando percebeu que suas impressões musicais foram ofuscadas já tinha sido tarde demais.

ARTPOP de Lady Gaga talvez tenha sido a maior frustração do ano; ele foi, talvez, o álbum pop do ano com mais momentos genuinamente verdadeiros, mas GaGa, como sempre, falou demais e as expectativas foram grandes demais.

A metanarrativa de “Applause” foi um modo um pouco desconfortável de lançar o novo álbym; GaGa colocou o público em seu lugar, como um espectador, e não como um participante daquela festa. Mas “Applause” foi honesto, uma demonstração da cultura das celebridades. Nele, GaGa estava se parodiando, além de suas amigas aqui citadas. Foi tudo transparente demais.

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Mas não há como negar que houveram ótimas músicas – como “By The Grace Of God” de Katy Perry, que é uma das letras mais honestas do álbum; assim como “Dope” de GaGa, que não poderia ter sido cantada por outra pessoa.

“Work Bitch” de Britney lembra um hino gay que deveria ter surgido a alguns anos; e entre “We Can’t Stop”, “Wrecking Ball” e “Adore You” Cyrus mostra que sabe trabalhar singles que não dizem muito o que é o álbum completo.

2013 pertenceu a cantoras pop que pareceram ser realmente diferentes, apesar de suas vendas não serem um termômetro. O exemplo mais óbvio é Lorde, com “Royals” chegando no topo dos charts, provando que você pode ser um pouco cínica e mesmo assim chegar ao número 1.

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O surgimento da versão de Mariah Carey, Ariana Grande, provou que R&B contemporâneo ainda tem relevância. Assim como Carey trouxe uma relevância momentânea com “#Beautiful”, com uma canção tão boa que esquecemos que existe uma hashtag no título.

Charli XCX e Sky Ferreira trouxeram uma nova roupagem com seus álbuns, com músicas diversificadas, interessantes, e como elas, cheios de personalidade. As veteranas  Avril Lavigne e Ciara  lançaram álbuns sensacionais que foram pouco notados.

Claro, que grandes Rainhas Pop também estava ausentes este ano. O quinto álbum de Beyoncé nunca foi lançado, apesar das várias novas músicas e buzz gerado pela Mrs. Carter Show Tour; Adele e Taylor Swift, que vendem álbuns como água, também estão em estúdio com lançamentos previstos para 2014; Rihanna e Lana Del Rey também não lançaram nada novo.

GaGa Katy Britney Miley

Infelizmente, as divas do pop desapontaram este ano. Faltou tensão e profundidade no Prism, Britney Jean ficou confuso, e faltou coesão e claridade no Bangerz e no ARTPOP.

Talvez, Katy Perry só queria falar sobre amor e luz; talvez Britney Spears só estava querendo mostrar mais personalidade; talvez Miley Cyrus quisesse ser o maior trending topic do ano; talvez Lady GaGa só quisesse sua atenção. Mas, infelizmente, as qualidades dos álbuns não chegaram na área de campões. Perry e Spears pecaram pela simplicidade, já Gaga e Cyrus pelo excesso.

Autor: Sam Lansky do Idolator.

Mas então, no dia 13 de Dezembro, Beyoncé faz algo que nunca aconteceu, a cantora lança um álbum completo, sem divulgação, sem novos singles, sem prévias ou clipes. Por que ela fez isso?

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Fernando Diego Sioli

Blogueiro de Pop do O POVO; Coordenador de Mídias Sociais; Colecionador de Beyoncé & X-men; Retrogamer; Amante da Diversidade, da Saúde e da Felicidade.

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