Rihanna-ANTI-capa do single

Como diz a hashtag famosa do lançamento #ANTISTardeDoQueNunca. Mas não estamos aqui para falar do tempo que levou para o ANTI sair e sim de suas músicas, e se vale ter o álbum ou não. Confira nossa review a seguir…

Em um 2015 cheio de Rihanna, mas nenhum single oficial, o desespero do Mundo Pop foi grande. Mas ANTI, o oitavo álbum da cantora de Barbados, chegou entre nós na madrugada do dia 27 de Janeiro de 2016, disponibilizado gratuitamente pelo TIDAL, e depois vendido na iTunes Store.

rihanna-presenta-capa de-ANTI

O primeiro single lançado foi “Work”, uma midtempo com participação do Drake que não foi muito bem recepcionada, principalmente pelos fãs que esperaram algo mais arrasador, devido ao tempo de espera.

Mas o que o álbum completo nos reservou foi algo bem diferente do single. E, NÃO, as “farofas” não estão no menu de Rihanna nesta Era.

Rihanna não quer Farofa no ANTI

Com músicas mais poderosas, com uma produção pesada, vocais diferentes e letras que não se limitam a “work-wor-wor-wor”, ANTI surpreendeu. Principalmente, em algumas músicas bem pessoais, é como se Rihanna ficasse nua, mostrando seus sentimentos.

A principal surpresa é que não veio tão diferente como a cantora afirmava, as músicas estão dentro de seu universo, mas nem tão para Umbrella, mas nem tão Pour It Up. ANTI são experimentações de sons diferentes, com um mesmo estilo: RnB.

As músicas passam uma escuridão, emoção, nada sexy demais, nem nigga demais.Na medida de um álbum que quer quebrar o padrão dos outros 7 trabalhos anteriores. Talvez, Rated R, seja o álbum mais parecido com ANTI.

O álbum é finalizado, com um estilo parecido com os Anos 40 e rock clássico, com sons mais orgânicos de pianos e guitarras, uma voz que nunca vimos Rihanna fazer. Vemos uma cantora que se rendeu a emoção, muito mais real.

Rihanna 2016 World Tour

Confira um breve comentário de cada uma das músicas do ANTI de Rihanna:

1. Consideration (feat. SZA): Com um música mais focada no sotaque de Rihanna e com uma letra genial, contando sobre respeito e sobre o que não dá mais para mascarar os problemas. A voz da SZA lembra uma jovem Mary J. Blige, e isso é excelente. No Refrão: “Deixe-me cobrir sua merda de glitter. Vou deixar tudo dourado.” Épico! Nota: 9.0.

2. James Joint: Um interlude, talvez funcionaria mais como uma introdução ou mais para o meio do CD. “Eu preferia estar fumando maconha.” A cara da Rihanna, gente! Vai ter o selinho de “Parental  Advisory”? Nota: 6.0.

3. Kiss It Better: A primeira joia do ANTI. Produção linda, melodia mais ainda. A letra, enfim, cheio de sexo, drogas e rnb, a música não é politicamente correta, mas está contando somente como o homem dela deve se esforçar para continuar a amá-la como fazia antes. Simples. Nota: 10.0.

4. Work: O primeiro single ficou até melhor quando aparece com as outras músicas, por ser dançante, você pode sair do sexo de Kiss It e ir direto pro twerk. Mas acaba sendo mediana, realmente, e a participação do Drake passa despercebida. Sorry, man! Nota: 7.0.

5. Desperado: Praticamente, essa é Criminal de Britney Spears, 10 vezes melhor. O mesmo discurso de seguir o bandido, mas dessa vez ele é quase um anti-herói de faroeste. A produção continua nos sons minimalistas com batidas e baixo. Escura, como se estivesse sabendo que ir com o bad guy vai dar muito problema. Nota: 10.

6. Woo (feat. Travis Scott): “Woo” significa cortejar, mas não é isso que a música quer tratar. A canção é quase uma viagem louca, um entorpecimento, causado pela abstinência, que você faria tudo pra conseguir aquilo de novo. Nota: 10,0.

7. Needed Me: Uma midtempo voltou aparecer e trouxe a história de uma garota que não quer se apegar e está curtindo com os seus amantes, até que um se apaixona por ela, mas ele não seria um homem tão bom assim. E ela: “Foda-se seu cavalo e sua carruagem.” Essa música não tem como ser de outra cantora, só Rihanna pode cantar isso. Nota: 10.

Anti World Tour Rihanna

8. Yeah, I Said It: Se em Needed Me, ela não gostou muito do parceiro, aqui, ela está gostando e muito. A midtempo é simples, é como se estivesse com ela na cama. Mas não passa disso. Nota: 6.0.

9. Same Ol’ Mistakes: Um cover da banda de rock psicodélico Tame Impala que touxe uma voz mais suave de Rihanna, diferente do resto do álbum, como se tivesse deixado de lado um peso e entrado em estado de êxtase. Uma nova Rihanna? Nota: 9.5.

10. Never Ending: As batidas e baixos, deram lugar ao violão. Acalmando as coisas para um final mais leve do que o resto do álbum. Talvez tivesse casado com FiveFour Seconds. Nota: 7.0.

11. Love On The Brain: A música mais impactante do álbum. Algo mais sombrio é algo já esperado de alguém audacioso e whatever de Rihanna, mas Love On The Brain é romântica, cheia de remorso, problemas no amor, enfim, uma música que Adele gravaria, mas Rihanna fez sua, e entrou num nível acima. Nota: 10.0.

12. Higher: Você pode até pensar que é um lindo poema cantado, mas Higher é um poema controverso, de quando você está bêbado e acaba dizendo mais “eu te amo” do que deveria. Apesar de não ser uma música usual, combinou com ANTI por continuar a promessa de ir contra as regras, e ter uma produção simples quando o foco for a letra. Nota: 8.0.

13. Close To You: Os brutos também amam? Terminando a versão standard de ANTI, Rihanna parece estar apaixonada, mas problemas pelo caminho deixaram a relação instável, sem confiança, mas o amor prevalece. O ponto positivo vai pela combinação: Piano e Voz. Nota: 9.0.

rihanna-r8-contracapa

Como vocês podem ter sentido, são músicas muito pessoais, são histórias de Rihanna. ANTI parece um álbum de recordações tristes, com sexo, drogas e amores perdidos. Talvez, o nome do álbum talvez não seja tão importante assim.

ANTI | RIHANNA

Nota-Rihanna-ANTI-2016

Vale baixar: Consideration, Kiss It Better, Work, Desperado, Who, Needed Me, Same Ol’ Mistakes, Love On The Brain, Close To You.

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Fernando Diego Sioli

Blogueiro de Pop do O POVO; Coordenador de Mídias Sociais; Colecionador de Beyoncé & X-men; Retrogamer; Amante da Diversidade, da Saúde e da Felicidade.

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