1. Jokerman – Tirada do disco Circuladô Vivo, de 1992, trata-se de uma ótima leitura de Caetano Veloso sobre a canção do disco Infidels, de 1983. Atentem para como a música vai crescendo nas mãos do baiano que sabe tudo.
2. It ain’t me babe – A ótima Mallu Magalhães faz uma versão pálida de uma baladinha folk, originalmente lançada em 1964. Respeitosa demais. O registro foi tirado do primeiro DVD da moça, mas é inédito em CD.
3. If you see him say hello – Tirada do disco Blood on the tracks, 1975, ela ganhou regravação de Renato Russo e seu fiel escudeiro Carlos Trilha no disco The stonewall celebration. Confesso que nunca achei a carreira solo de Renato interessante. Aqui não é diferente.
4. Negro amor – Clássica! Clássica! Clássica! Gal Costa bota pra fora seu espírito hippie em It’s all over now my baby blue, traduzida por Caetano Veloso (não citado) e Péricles Cavalcanti. O resultado é inacreditável. O original é de 1965, do disco Bring it all back home. A versão é de 1977, do indispensável disco Caras & Bocas.
5. Batismo dos bichos – Num belo trabalho de garimpagem, Ruy Maurity aparece numa versão samba-reggae de José Jorge para Man gave name to all the animals, do disco Slow train coming (1979). A regravação data de 1980 e conta com as presenças de Antonio Adolfo e do cearense José Menezes.
6. Joquim – Joey é a primeira faixa do lado B do disco Desire, de 1976. Vitor Ramil fez sua tradução para o português 11 anos depois, prstando uma homenagem ao inventor Joaquim Fonseca, de Pelotas. Ficou sem graça, mas vale pela curiosidade.
7. Make you feel my love – Bela baladinha de amor, tirada do disco Time out of mind, de 1997. Fred Nascimento regrava na língua original, especialmente para este projeto, e mantém a docilidade. Essa é boa.
8. Positively 4th Street – Twiggy surpreende mais uma vez e mostra que sabe fazer bem feito. Dá até pra perdoar o excesso de gemidos. Versão inédita para um clássico lançado em single em 1965.
9. If not for you – Luen dobra a voz e dá um clima indiano lisérgico para esta canção do album New morning, de 1970. Funciona bem, assim como a moça canta bem.
10. Don’t think twice, It’s all right – Um dos clássicos do mestre Dylan ganha mais sujeira na voz do carioca Jomar Schrank. Inédita, mas nada demais. O original é de 1962, do disco The Freeweelin’ Bob Dylan.
11. Lay lady Lay – Um dos momentos mais pop do rei do folk ganha uma leitura curiosa, com toques de Indie e Jovem guarda com a banda Profiterolis. O resultado se destaca entre as inéditas. O original é de 1969, do disco Nashville Skyline.
12. Mr. Tambourine – Outro clássico maior do poeta. A versão de Daniel Lopes encerra a lista de inéditas com uma boa performance, sem medo de mexer no original. Original lançado em 1965, no disco Bring it all back home.
13. Knockin’ on heaven’s door – Vamos ter liberdade de mexer nos clássicos, mas não tanto, né, Evandro Mesquita? Uma das principais obras do rock internacional, ganha bateria eletrônica, teclado pagodeiro e arranjo equivocado. Corram para o original da trilha do filme Pat Garrett & Billy the Kid (1973). Mas, vamos lá, vale pela garimpagem.
14. Negro amor – replay da faixa 4, agora na voz de Humberto Gessinger e seus Engenheiros do Hawaii. A regravação de 1999 fez sucessso merecido. O arranjo é bem feito com um bom pianinho passeando pelo arranjo.