Há 18 anos fora do Ceará, atualmente Amelinha mora na região litorânea de Niterói, Rio de Janeiro. Há anos longe dos palcos fortalezenses, ela quebrou este jejum no último Réveillon no show realizado no aterro da Praia de Iracema. “Me chamou atenção do convite (para o show) ser aqui. Fazia tempo que não se encontrava com o grande público e eu percebi que algo diferente, de muito bom, iria acontecer”. Pra ela, esse afastamento é uma consequência dos novos tempos da indústria musical, mas que ela supera como pode. “Eu gravei no analógico, quando os divulgadores e os radialistas tinham autonomia. No meio de toda a minha história, eu fui correndo por fora. Tinha um trabalho consistente que é o que me faz não ter mágoa”.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=JA166-5wHJQ[/youtube]Agora, com o lançamento do seu Janelas do Brasil, Amelinha espera reencontrar o público que sempre lhe cobra um trabalho inédito. Seu último disco foi lançado em 2002, Pessoal do Ceará, ao lado de Ednardo e Belchior. Em seguida, ela chegou a gravar algumas coisas, mas desistia de lançar por que não gostava do resultado. Com o convite de Zé Pedro e do produtor Thiago Marques Luiz, ela sentiu um novo fôlego para trabalhar e até já pensa em uma segunda edição do disco. “Depois que decidiu o repertório, pedi um tempo pra internalizar as músicas e fui lá gravar preparadona pra matar a pau. É uma coisa transparente, que tem verdade. Agora eu quero que as pessoas fiquem satisfeitas com o resultado”.