Por Andreh Jonathas (andreh@opovo.com.br)

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O termômetro de um show é a presença e a participação do público. Para Noel Gallagher, ex-Oasis, também vale essa máxima. Em sua mais recente apresentação em Berlim (AL), dia 9 de março, os fãs tomaram quase que completamente a moderna infraestrutura do ginásio Max-Schmeling-Halle. O POVO acompanhou o concerto na capital alemã, que contou com a abertura da banda local The Folks.
 
Antes de arremessar Everybody’s On The Run, o carro-chefe do seu disco solo Noel Gallagher’s High Flying Birds, a renovada banda de Noel tocou (It’s Good) To Be Free e Mucky Fingers, ambas da sua fase artística anterior. A partir daí, a apresentação evoluiu com as obras do novo álbum, inspiradíssimo, por sinal.
 
É um rock elegante, leve e forte ao mesmo tempo, com faixas que até lembram as canções dos conterrâneos ingleses The Beatles e também, obviamente, da sua antiga banda. The Good Rebel e Freaky Teeth são as maiores influência dos garotos de Liverpool, que, aliás, tocaram pela primeira vez em Manchester – terra de Noel -, em um clube chamado The Oasis.
 
A herança Oasis é muito forte na carreira de Noel. Talvez não se livre dela tão cedo. Nem dá, afinal foram 15 anos liderando a banda ao lado do seu irmão Liam Gallagher. Não a toa, 9 das 20 canções do repertório foram cover daquela que foi uma das bandas mais aclamadas na década de 1990. Estrategicamente, seu show é recheado com novas músicas e sob suporte dos sucessos já consagrados.
 
“Wonderwall!, wonderwall!, wonderwall!…”.Pra não perder o costume do que vem acontecendo em seus shows, um grupo de fãs repetia, no intervalo entre músicas do seu projeto solo, o pedido de suas composições mais conhecidas. No entanto, a maior parte dos berlinenses reagiu e retribuiu bem à nova fase do importante compositor do rock internacional.
 
E o britânico tirou de letra a pressão dos fãs, com bom humor e um toque de ironia. Não perdeu a energia para tocar e cantar exata uma hora e meia. A crítica já havia recebido muito bem o novo CD de Noel, que vendeu cerca de 120 mil cópia na semana de lançamento e atingiu o topo das paradas britânicas. Agora, a turnê internacional vai dar oportunidade do público ratificar (ou não) a idolatria a Noel.
 
Demorou cerca de dois anos para o músico atender às expectativas dos fãs de ouvir seu novo trabalho. Mas, pelos resultados que vem apresentado, valeu a pena esperar. Noel deve continuar sua importância no cenário da música internacional e ter sucesso também na sua carreira solo. Alguém divida? 
 
Show no Brasil
A grande procura por ingressos para apresentação em Berlim forçou a organização do evento a buscar um lugar mais amplo para Noel. Apesar de não ter lotado o Max-Schmeling-Halle – que tem capacidade para 11 mil pessoas sentadas, fora o espaço em frente ao palco –, tanto arquibancadas quanto pista receberam um excelente público. E a turnê internacional segue.
 
Na agenda publicada no site de Noel, estão marcadas duas apresentações no Brasil. Dia 2 de maio em São Paulo, no Espaço das Américas e dia 3 no Rio de Janeiro, no Vivo Rio. Os ingressos para o show de São Paulo (com preços de R$ 180 a R$ 340) estão à venda desde 2 março e os do Rio de Janeiro (variando entre R$ 140 e R$ 300) desde o dia 5.
 
Em Berlim, ingresso mais caro custou 41,50 euros, cerca de R$ 98,35.

(O repórter viajou à convite da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Sefor) para cobrir a Feira Internacional de Berlim (ITB))

> Serviço
Ingresso para o show de Noel Gallagher no Brasil
São Paulo

Lojas físicas

Rio de Janeiro

Site oficial de Noel Gallagher

My Space da The Folks 

> Repertório Noel Gallagher em Berlim
1 – (It’s Good) To Be Free
2 – Mucky Fingers
3 – Everybody’s on the Run
4 – Dream On
5 – If I Had a Gun…
6 – The Good Rebel
7 – The Death of You and Me
8 – Freaky Teeth
9 – Supersonic
10 – (I Wanna Live in a Dream in My) Record Machine
11 – AKA… What a Life!
12 – Talk Tonight
13 – Soldier Boys and Jesus Freaks
14 – AKA… Broken Arrow
15 – Half The World Away
16 – (Stranded On) The Wrong Beach 

Bis
17 – Whatever
18 – Little By Little
19 – The Importance of Being Idle
20 – Don’t Look Back In Anger

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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