Depois dessa estreia tão forte, em 2011 ela colocou nas lojas seu segundo lote de inéditas. Lançado no final de 2011, Mais uma página (Som Livre) deu mais fôlego à carreira de Gadú que logo deu início a uma nova turnê, que passou recentemente por Fortaleza. Em única apresentação no Siará Hall, ela fez aquilo que sabe e gosta. “É um show permeado musicalmente pelas composições do novo disco, revisitações das coisas do primeiro e aquela mesma história de versões”, explica a cantora por telefone, numa conversar cujo o tom era a informalidade.
Ainda se recuperando de uma forte gripe que a atacou nos últimos dias, Maria Gadú deixou de lado a famosa timidez e conversou com o DISCOGRAFIA sobre o bom momento que sua carreira vem atravessando. Entre as últimas novidades está um convite de Tony Bennett para um dueto em seu novo disco. Previsto para outubro, o terceiro volume da série Duets, vai contar apenas com artistas latinos a brasileira participa em Blue velvet. Para ela, esse momento é consequência de uma série de coisas que vêm acontecendo desde que ela se lançou como artista. “Isso tudo vem trazendo um lance, até esse encontro com o Tony. Principalmente por que partiu dele. Sabendo que o convite veio dele, foi muito mais surpreendente”, confessa ela que ainda teve a oportunidade de conhecer a família e os cachorros do cantor.
E também foi com esse espírito que nasceram as composições de Mais uma página. Juntando a turma de amigos que compõe sua banda e outros que foram aparecendo, alguém puxava um violão e dali surgia alguma coisa. “Convivendo com um monte de gente disponível, esse repertório foi nascendo sem pretensão, de uma forma completamente orgânica e genuína”, revela. E é assim que ela quer que seja o show desta noite. “É sempre uma delícia chegar em Fortaleza e conversar com o pessoal. Eu gosto de bater papo. Subir no palco e falar tudo certinho é esquisito por que sou tímida. Gosto do público de Fortaleza por que entende isso”.