Apesar da grife, Alice Caymmi também é uma estreante na música. Filha de Danilo e neta de Dorival, ela já vem acompanhando o pai em alguns shows para ir calibrando a voz. Por falar em voz, o timbre da moça de 22 anos é quase uma cópia da tia Nana Caymmi. E para o disco de estreia, lançado pela Sony Music (R$ 25,90), ela também trouxe o mesmo clima de canções praieiras já tão conhecida da família. Apesar de boas faixas, como a poderosa Água marinha, a falta de variações do timbre e tom excessivamente pesado acabam deixando o resultado meio cansativo. Mas, a julgar pelo sangue, vale a pena acompanhar Alice.
Já Anna Ratto conta com outros dois discos de carreira, embora assinados como Anna Luísa. Além de uma nova assinatura, o disco Anna Ratto, lançado pela Bolacha Discos (R$ 20) revela também um novo momento da carioca, com destaque para os tons mais românticos. Dona de um registro singelo, ela dá voz a seis composições próprias, com destaque para Perto-longe. Cercada por uma banda experiente, que inclui Fernando Caneca (guitarra) e Eduardo Souto Neto (piamo), ela ainda resgata duas boas faixas de Tom Zé, o samba/tango Se o caso é chorar e a festiva Frevo.
Mais solto e descompromissado, Será bem vindo qualquer sorriso (R$ 23,90) é o bom novo disco de Bruna Caram. Compositora discreta e intérprete segura, ela tem a veia pop aflorada e viaja sorridente entre as 11 faixas do disco. Não perca o final (Zé Rodrix) é divertida e suingada, assim como Flor do medo (Djavan). Estreando em disco alheio, Mallu Magalhães cede Especialmente criativa, que emenda numa bela leitura de Segredo (Herivelto Martins/Marino Pinto), em dueto com Marina de La Riva. Produzido com esmero por Otavio Moraes, Será bem vindo qualquer sorriso é disco pra ser ouvido com atenção.