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Nenhuma história da mitologia musical brasileira é tão insólita quanto a do pernambucano Roberto de Melo Santos. Conhecido artisticamente somente como Di Melo, ele chegou a São Paulo no fim da década de 1960, onde começou a tocar na noite.
Em 1975, lançou o primeiro disco pela EMI-Odeon e apresentou uma particular levada black turbinada pelo tempero brasileiro.

Faixas como Kilariô e A vida em seus métodos diz calma fizeram algum sucesso. E mais, o disco, com sua icônica capa escura, contou com um time de primeira no instrumental: Hermeto Paschoal, Heraldo Do Monte, Cláudio Bertrame e Geraldo Vespar, por exemplo. Curiosamente, esse disco tornou-se uma lenda, uma vez que seu autor sumiu, desapareceu, escafedeu-se.

Dado como morto durante muitas décadas, Di Melo só retornou aos palcos neste século, quando também lançou outros discos (independentes) e ganhou um documentário muito bem batizado de Di Melo, o imorrível – de Alan Oliveira e Rubens Pássaro. O mais famoso entre os desconhecidos da música brasileira, Di Melo é síntese perfeita de Candeia, Tim Maia e James Brown.

Veja as faixas do álbum Di Melo:
1. Kilariô (Di Melo)
2. A vida em seus métodos diz calma (Di Melo)
3. Aceito tudo (Vidal França/ Vithal)
4. Conformópolis (Waldir Wanderley da Fonseca)
5. Má-lida (Di Melo)
6. Sementes (Di Melo)
7. Pernalonga (Di Melo)
8. Minha estrela (Di Melo)
9. Se o mundo acabasse em mel (Di Melo)
10. Alma gêmea (Di Melo)
11. João (Maria Cristina Barrionuevo)
12. Indecisão (Terrinha)

> A vida em seus métodos diz calma (Di Melo) por Carlus Campos

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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