Foto: Beatriz Perini

Foto: Beatriz Perini

A história dos Boogarins começou dentro um quarto, na frente de um computador que registrava as ideias musicais divididas por Dinho Almeida e Benke Ferraz. Essas ideias cresceram e a dupla de guitarristas virou quarteto com a entrada do baixista Raphael Vaz e do baterista Ynaiã Benthroldo. Foi com essa formação que a banda lançou em 2015 o álbum Manual ou Guia Livre de Dissolução de Sonhos, elogiado dentro e fora do Brasil.

E é esse segundo disco que os Boogarins apresentam amanhã no Órbita Bar. Sucessor do caseiro e seminal As Plantas que Curam, o novo disco afina e lapida o som psicodélico do quarteto, com arranjos e produção mais elaborados. “É um disco mais maduro, mais bem centrado. O primeiro ainda agrada. Na época, era o que a gente conseguia fazer. Já o segundo diz mais respeito sobre o que a gente está buscando”, compara Benke Ferraz, por telefone.

Na definição do músico, o som dos Boogarins é uma mistura de Pink Floyd com Milton Nascimento. “É música brasileira, mas com muita influencia gringa, de jazz, de rock”, explica citando outros nomes como Tame Impala e Beatles. Sempre apontada como uma banda psicodélica, eles destacam que existe uma renovação desse termo muito ligado aos anos 1960 e 1970. “Como estilo de vida, realmente lembra essa época. Mas, tem uma galera que relaciona com uma nova onda psicodélica”, comenta.

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=DuN0vGcfw9o[/youtube]

E com dois discos lançados em menos de cinco anos de carreira, os Boogarins já têm um currículo invejável com turnês internacionais e participações no Rock In Rio Lisboa, South By Southwest (Texas) e no Lollapalooza (SP). Com os discos lançados no exterior, eles ainda cavaram espaço e elogios em veículos como New York Times, The Guardian e na revista Fader. Com essa moral, eles já planejam uma nova turnê internacional – após a turnê brasileira que passa por nove cidades – a gravação de um novo disco no segundo semestre, para ser lançado em 2017. “Bandas do nosso patamar são pouquíssimas as que conseguem circular e sem ter outro emprego. Estamos há dois anos preocupados só em fazer música e o que tem que ser feito em torno dela”, comemora Benke.

Serviço:
Quando: amanhã, 5, às 21h
Onde: Órbita Bar (Rua Dragão do Mar 207 – Praia de Iracema)
Quanto: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia) e R$ 35 (promocional para quem confirmar presença no Facebook)
Outras info.: 3453 1421

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

View All Articles