A revolução do rock, mais que os fãs dos Beatles foi pensado para os fãs de música, principalmente rock, em geral. “É um trabalho de história. Tudo bem que é a história do disco, mas procuro contar a história do rock e de como esse álbum contribuiu para o rock”, explica Fernando que também é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará.
O interesse pelo disco surgiu para o pesquisador ainda na oitava série, quando ele viu num livro de história que Sgt. Peppers era “revolucionário”. Ele quis saber por que. “No rock, foi o disco que mais trouxe inovações, mas ele não fez revolução sozinho. Eu vejo o Sgt. Peppers como uma síntese desse processo, por ter o maior número de ideias inovadoras. A capa, o som, as influencias da música indiana”, enumera.
Para explicar isso, A Revolução do Rock vem desde o surgimento do rock até chegar ao quarteto de Liverpool. Sobre o álbum, ele detalha o processo de gravação faixa-a-faixa reunindo citações de uma enorme bibliografia. De Paz, Amor e Sgt. Pepper, escrito por George Martin, Fernando destaca a influência das drogas, por exemplo, em A Day in The Life. Repetindo a expressão “Eu adoraria te deixar ligado”, a faixa foi proibida em algumas rádios, incluindo a gigante BBC.
Curiosidades
– O som de despertador de A Day in The Life para indicar um trecho da música que faltava ser composto. Como encaixou na letra, acabou ficando.
– Do quarteto, apenas Lennon e Paul participaram da gravação de She’s Leaving Home. Ao lado deles, uma orquestra de 10 músicos.
– Within you Without you contou com a colaboração de um time de músicos indianos, além de George na cítara e uma pequena orquestra.
– Fixing a Hole é a única faixa que não foi gravada no Abbey Road. Pra não perder a ideia, Paul começou a gravá-la no Regent Sound, já que o Abbey estava ocupado naquele dia.