Guitarrista do Forgotten Boys e do Vulgo Vórtex, o músico cearense Dionísio Dazul lança um novo single que ele define como “um rock soul de puro ressentimento”. “Eles não sacaram nada” conta com bateria de Clayton Martin (Cidadão Instigado), metais de Daniel Brita e masterização de Antônio Neto. Ouça clicando aqui

A seguir, Dionísio fala do seu trabalho com música e do novo single:

DISCOGRAFIA – Qual a história desse single? Quando e como ele nasceu?
Dioníso Dazul – Despretensão define bem, cara. Eu estava com essa frase “Eles não sacaram nada” na cabeça já tinha um tempão. E fazia muito tempo que não lançava nada só meu. Uma noite, conversando no chat do facebook, comentei com o Clayton Martin (baterista do Cidadão Instigado) que queria fazer uma música com essa frase, meio dor de cotovelo, meio ressentida e ele achou a ideia legal. Na mesma noite, mandei uma base só com guitarra e baixo pra ele criar uma bateria. No dia seguinte eu já estava com uma bateria maravilhosa gravada em minhas mãos. Depois disso, fiz o resto da letra e finalizei o arranjo. Também participaram desse single o Daniel Brita nos sopros e o Antonio Arruda na master. Fiquei felizão com o resultado!

Discografia – Queria saber da sua história com música, antes mesmo de trocar Fortaleza por São Paulo.
Dioníso Dazul – Em Fortaleza comecei de forma beeeem underground tocando em bandas de rock e acompanhando alguns artistas. Mas só em 1998 conheci o Herlon Robson, que me chamou pra trabalhar com ele. Rapidamente já nos tornamos amigos e fizemos muita coisa juntos, desde bailes até gravar discos. No final de 2000 me tornei guitarrista da banda SoulZé e tocamos em todos os lugares possíveis em Fortaleza. Em 2003, decidimos fazer uma tour de 45 dias pelo Brasil (11 CARAS DENTRO DE UMA VAN… hahahahaha) que resultou em um contrato com um produtor/empresário. Pode apostar que essa tour rende facilmente um livro! Então, no comecinho de 2004, nos mudamos todos juntos, pra São Paulo e cá estou ate hj.

Discografia – Você já mora em São Paulo há mais de 10 anos. Que experiências teve por aí com música que foram importantes pra tua formação?
Dioníso Dazul – Depois que o SoulZé acabou, comecei a trabalhar com o Dudu Marote. Fui produtor musical do estúdio/produtora de áudio dele por sete anos. Depois fui trabalhar na “S de Samba”, produtora de áudio do Simoninha e Jairzinho por quatro anos. Nesses 11 anos, um pouco mais na real, fiz parte de inúmeras
campanhas publicitarias de nível nacional. Quase pirei… Tive a honra de gravar dois discos (um como artista e outro como assistente de mixagem) com o lendário Roy Cicala (produtor de John Lennon, Madonna, Frank Sinatra, Aretha Franklin…)

Discografia – Você é um dos integrantes da banda Forgotten Boys. Como começou esse trabalho de vocês e como tem sido a experiência?
Dioníso Dazul – Conheci o Gustavo Riviera (vocalista do Forgotten) em 2009 numa gravação no estúdio do Dudu Marote. Nessa época, a banda tava fazendo testes pra vaga de guitarrista, que tinha ficado em aberto depois da saída do Chuck Hipolitho e três dias depois eu já estava tocando com eles. Desde então, já gravamos dois discos e alguns singles… Muita coisa legal e cabeluda pra contar, mas teríamos que fazer outra entrevista pra poder dar conta!
🙂

Discografia – Como anda a cena do rock hoje aí em São Paulo atualmente? Tem muitos bos projetos aparecendo?
Dioníso Dazul – Bicho… São Paulo mesmo não tá legal, não, mas o Estado é muito grande e tem muitas possibilidades. Essa época que estamos vivendo está muito complicada, né? Não só pro rock mas pra todos que trabalham com artes, talvez o momento mais difícil da nossa geração… Estamos tendo que nos reinventar de várias formas. DOIDÊRA!!!

Discografia – Depois desse single, que outros trabalhos você têm planejados?
Dioníso Dazul – To com mais um na manga, mas ainda sem parceiros definidos. Em breve resolvo isso e vomito mais um single na cara de todos vocês!!!

About the Author

Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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