Foto: Jorge Bispo/ Divulgação

Nas primeiras entrevistas que deu sobre Serenata, seu novo disco, lançado pela Biscoito Fino, chamou a atenção as críticas que Fagner fez ao governo de Jair Bolsonaro, a quem havia declarado apoio. “Incomoda, mas hoje em dia tem que se falar. Por mais que isso me incomode”, comenta o cantor sobre o fato da política ter chamado mais atenção que a música. “Estou no meio desse tiroteio. Não me sinto bem, tenho amigo dos dois lados. Já fui muito aconselhado a não falar, mas eu sou cabeça dura”, completa ele que, por lado, deixa claro que não há arrependimentos em relação aos seus posicionamentos políticos. “Não me arrependo por que fiz consciente. Eu me sinto no dever de criticar, até por ter votado”.

Em entrevista ao jornal O Globo, Fagner classificou a atuação do Bolsonaro como “ridícula”. E seguiu: “Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem é que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente. Quero que governe! Nunca fui petista. Mas já votei em Lula. Mesmo quando eu era filiado ao PSDB. Tivemos uma relação próxima. Mas todos nós nos decepcionamos”.

Sobre o período de quarentena, Fagner precisou ficar afastado do filho e dos netos, mas não deixou de se cuidar, fazer suas caminhadas. Num primeiro momento, foi para uma fazenda no interior de Minas Gerais para se resguardar. “A qualidade do lugar já me deu ajuda. Era um lugar bucólico e eu não me senti abandonado em nenhum momento”, lembra o músico. Embora tenha feito apenas numa live, ele também não diminuiu o ritmo de trabalho. “Estou numa dinâmica de trabalho como poucas vezes, mas à distância”, completa.

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Marcos Sampaio

Jornalista formado pela Universidade de Fortaleza e observador curioso da produção musical brasileira. Colecionador de discos e biografias. Admirador das grandes vozes brasileiras.

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