Educador aponta cinco dicas que ajudam a combater as fake news pelos alunos nesse momento de pandemia.

 

Combater as fake news tem sido outro problema em meio à crise do coronavírus. Em um ambiente propício, qualquer pessoa pode ser alvo delas, independentemente de sua idade, formação ou condição social. Logo, o combate a esse mal só pode ser feito com conhecimento.

A escola é, portanto, o melhor ambiente para ensinar às crianças e aos jovens como lidar com esse mal. Então, a partir do que se aprende na escola, o aluno torna-se capaz de compartilhar os saberes com seu núcleo familiar. Dessa forma, juntos, todos ajudam no combate às fake news.

E o que os educadores podem fazer? O professor Juliano Costa, vice-presidente de Produtos Educacionais da Pearson LATAM, nos ajuda nessa missão. Ele compilou cinco dicas que ajudam a combater as fake news e podem ser aplicadas pelos professores nesse momento de quarentena. Confira!

  1. Crie grupos de mensagens

Com as aulas suspensas, grupos em aplicativos de mensagens podem ser uma boa forma de manter a proximidade com seus alunos. Proponha a eles a criação de um grupo dedicado a “desmascarar” fake news sobre o coronavírus. Estimule-os a compartilhar no grupo notícias falsas e ajude-os a mostrar aos demais membros do grupo porque aquilo não procede. Convidar também professores de disciplinas variadas para participar do grupo é uma boa forma de proporcionar uma abordagem multidisciplinar para a análise desses conteúdos.

  1. Compare notícias verdadeiras e falsas

Compartilhe também notícias verdadeiras nos grupos, e estimule os alunos a identificar características que as diferenciam das fake news. São elas: citação das fontes onde as informações foram obtidas, nível de detalhe dos fatos narrados, correção gramatical, se o site que dá a notícia pertence a um veículo de imprensa conhecido, entre outros pontos.

  1. Incentive uma atitude questionadora

É possível aproveitar uma característica típica de alunos jovens para fazer com que eles sempre olhem de forma crítica para todas as informações que recebem e as questionem antes de aceitá-las como verdadeiras. “Em geral, os jovens, principalmente no ensino médio, estão na fase da heteronomia, ou seja, aquela fase da vida em que o sujeito tem por hábito se posicionar contra o que é comumente estabelecido. Por isso, o professor deve trabalhar o ato de tomar uma atitude e questionar, para que isso possa ser aplicado também em contextos e ambientes diversos – inclusive o virtual, onde é maior a incidência de fake news”, aponta o educador.

  1. Use o que foi aprendido em sala de aula

Nada melhor que estimular o aluno a aplicar na vida real aquilo que ele estudou em sala de aula. Um professor de Biologia pode relembrar as aulas sobre características e comportamento dos vírus para refutar uma mentira sobre métodos para curar a doença. Em Matemática, aulas de progressão geométrica ajudarão a entender o avanço da disseminação, de forma a desmentir conteúdos que questionem a necessidade de enfrentamento sério da pandemia. Em Língua Portuguesa, o estudo de gramática ajuda a compreender que erros básicos podem indicar que a fonte da notícia não é um veículo de comunicação de credibilidade.

  1. Estimule o debate no combate a fake news

Evite simplesmente “jogar” a notícia no grupo e explicar por que ela é falsa ou verdadeira. Quando um conteúdo for compartilhado, pergunte aos alunos se aquilo procede e conduza um processo em que eles debatam e argumentem para chegar à conclusão correta. “É papel da educação fazer com que, desde a infância, os seres humanos adquiram informações para questionar boatos provenientes de fontes sem credibilidade e conseguir construir uma linha argumentativa para agir diretamente no combate à disseminação dessas notícias”, diz Juliano.

About the Author

Eduardo Siqueira

Um jornalista que ama Educação. Minhas experiências me fizeram imergir no universo da Educação, sentindo todo o seu poder transformador e percebendo o quanto ela ainda precisa de apoio. Aqui, busco fazer minha parte e ajudar as pessoas a compreendê-la nem que seja um cadinho.

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