Será que conseguimos contar as palavras? Um problema para precisar a velocidade de criação de novas palavras é que, ao mesmo tempo em que várias surgem todos os dias, muitas delas também deixam de existir logo em seguida. Para que uma palavra sobreviva, é preciso que ela entre para o vocabulário de outras pessoas. “Uma palavra pode ser inventada por uma pessoa sem influência, que não tem repercussão na mídia, que não escreve e desaparecer. Se ela não for repetida, não permanece”, argumenta Ieda Alves. palavras

A linguista ainda lembra que muitas palavras são inventadas em obras literárias, como nos livros de Guimarães Rosa. Nesses casos, as palavras não costumam ser repetidas por outras pessoas, mas se o livro tiver repercussão, as palavras continuam a existir porque estão registradas em livros e são lidas por muitas pessoas.

Outro caso muito comum é de palavras que deixam de existir por falta de uso e até podem ser retiradas dos dicionários. Assim, para precisar quantas palavras existem em uma língua é preciso levar em conta que novas palavras surgem diariamente, mas que muitas outras também deixam de existir.

Atualmente, o dicionário Houaiss, lançado em 2001, lista 400 mil palavras. Segundo Ieda Alves, o número de vocábulos que realmente existem é um pouco maior. “Se levarmos em consideração as palavras técnicas e científicas, devem existir cerca de 600 mil palavras na língua portuguesa”, estima. A especialista ainda lembra que conjugações verbais e plurais não entram nessa conta, só é considerada a forma infinitiva.

 Você já tentou contar as palavras do seu vocabulário? Essa é uma ótima atividade para ser praticada também com os educandos. Que tal começar a listar todas as palavras que lhe vierem a memória? É um ótimo exercício!

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Valeska Andrade

Formada em História pela Universidade Federal do Ceará e em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Especialista em Cultura Brasileira e Arte Educação. Coordenou o Programa O POVO na Educação até agosto de 2010. Pesquisadora e orientadora do POVO na Educação de 2003 a 2010, desenvolveu, entre outras atividades, a leitura crítica e a educomunicação nas salas de aula, utilizando o jornal como principal ferramenta pedagógica. Atualmente, é professora de história da rede estadual de ensino. Pesquisadora do Maracatu Cearense e das práticas educacionais inovadoras. Sempre curiosa!!!

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