Em quase 80% dos casos, são jovens acima dos doze anos que fogem de casa por conta própria ou estimulados por terceiros.
Com crianças abaixo dessa faixa etária, o sumiço ocorre durante atividades de rotina no trajeto para a escola, na praia, shopping ou em brincadeiras no parque.
Segundo a delegada do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas de Curitiba, Ana Cláudia Machado, essas são situações em que os pais estão ausentes ou distraídos.
Ela explica que, ao contrário da década de 90, quando a maioria dos desaparecimentos ocorria por tráfico para adoção ilegal, nos últimos anos o motivo é o abuso sexual seguido de morte.
Na cidade de São Paulo, onde oito crianças somem por dia, 41.148 desapareceram nos últimos quatro anos. Desse total, 35.010 foram encontrados e 6.138 continuam perdidos.
Fonte: Revista Istoé, Carina Rabelo
Enquanto damos a maior importância para as modas fúteis e passageiras, as crianças vítimas desses abusos vão perdendo na mesma proporção passageira do tempo suas infâncias, seus sonhos e seus direitos de cidadãos.
Até quando perderemos nossas crianças? Quantas mais serão preciso para tomarmos uma atitude?