Estava atendendo uma paciente com  quadro de dor intensa por conta da síndrome do túnel do carpo e de dores na coluna cervical, no terceiro dia de atendimento ela  relatou estar bem melhor e ainda muito feliz, segundo ela  desde que começou o tratamento conosco não brigava mais com a filha e eu nada entendi,  mas para minha surpresa ela contou que a filha  estava  no quinto semestre de fisioterapia, absolutamente contra sua vontade e o que mais a deixava irritada era ouvir a filha dizendo “eu amo cursar fisioterapia”. Acho importante dividir essa história com todos, essa senhora  a vida inteira esteve insatisfeita com sua profissão e por conta do seu trabalho adquiriu patologias que não só provocaram dor, ainda  limitavam suas atividades diárias e  profissionais, isso sem falar dos seus afastamentos  do trabalho por conta de licenças de saúde. Todos os médicos  encaminhavam  para fazer fisioterapia e  sempre era a mesma coisa, aquele velho formato chamado de  convencional, mesmo sem convencer ninguém e esse era o principal motivo de seu desespero por  ver  sua filha com grandes possibilidades de não se realizar profissionalmente, “não quero ver minha filha  passando o dia inteiro carregando gelo, ligando e desligando aparelhos, atendendo dezenas de pessoas ao mesmo tempo e  ouvindo insatisfações”. Desde o momento em que essa Sra. passou a vivenciar uma fisioterapia de forma  coerente com utilizações de técnicas específicas  e assistindo resultados em sua recuperação, tudo mudou em relação ao relacionamento com a filha. Fiquei muito feliz  por ver   essa mãe que tanto sofria com a escolha profissional da filha ser hoje  uma das mais incentivadoras.

About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

View All Articles