Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido.
Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico, correria mais riscos, viajaria mais.
Contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da sua vida: claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Eu era um desses que nunca ia à parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente e um pára-quedas: se eu voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.
Jorge Luiz Borges.
Hoje comemoro os meus 40 anos e posso viver sem cercear a vida por crenças e valores responsáveis pela tristeza no ser humana . Os novos planos e estratégias serão baseados em três pilares a liberdade para pensar, o desapego material e a imensa vontade de conhecer o mundo, se me for permitido viver 85 anos farei um poema e realizarei o desejo do poeta Jorge Luiz Borges.
Jorge Brandão
Amigo Jorge,
O tempo é de fato o senhor do universo, traz consigo a imponência da verdade e do amadurecimento, tão importante que na mitologia grega era o principal objetivo de Zeus a sua captura, entretanto, com a sapiência competente aos deuses maiores, percebeu Zeus que se matasse o tempo a vida perderia o sentido, afinal, não haveria vida sem a existência do precioso tempo, ora, de fato o que nos resta é controlar e administrar esse poder, e assim… a-ma-du-re-cer!!! No dia de hoje só me resta render-lhe minhas homenagens e desejar a você aquilo que está escrito no epitáfio do poeta Mário Quintana: “Não estou aqui”, diz seu último verso, justamente porque não se morre quando se tem essência, sapiência, maturidade intelectual e idéias que perduram para as próximas gerações, portanto, parabéns meu amigo, pela sua brilhante existência nesse mundo recheado de superficialidades e por mais uma página escrita, eternize-se em suas idéias e estas aniversariarão para sempre.
Abraço,
Alessandro Façanha
Lindo poema…
Te desejo tudo de bom hoje e sempre…
Toda sorte do mundo e muitos beijos
Os pilares citados por vc: a liberdade para pensar, o desapego material e a imensa vontade de conhecer o mundo, me relembra algumas palavras ditas por vc no dia em que te conheci… pois bem… em um discurso de boas vindas ao curso de fisioterapia da Unifor turma 94.2 vc já tinha isso em mente…ih!!acho que vc nem lembra!!! faz tempo em Jorge… O tempo não é cruel com ninguém… e sim bastante solidário pois nos faz amadurecer, encontrar e reviver grandes momentos…
Parabéns
felicidades
Abraços
Anairtes
parabens!!
Caro jornalista,
a viúva de Jorge L. Borges repele a autoria do poema como sendo de seu marido. De fato, poedma não é, em que pese ser um estimulante texto, auto-ajuda ( com ou sem hífen?).
bom-ano, tmcastro