Uma moradora do bairro São Dimas em São Conrado – SP Antonia Regina Cavalheiro Assistente social, bacharel em Direito, funcionária pública, estudante de inglês, espanhol, Teologia e pós-graduanda em Direito, desenvolve projeto Trabalho de Boa Vontade, trabalho voluntário de assistência a moradores de seu bairro, iniciou sozinha esse trabalho, mas hoje conta dentista, nutricionista, advogado, fisioterapeuta, estudantes de Serviço Social e, o principal, o padre Kleber Danelon, responsável pela paróquia e por divulgar durante as missas as necessidades de alguns dos atendidos, sem citar nomes. As solicitações com maior demanda são, segundo ela, as que o Poder Público não dá conta: emprego, atendimento médico que não é feito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), vagas em creches, para internações em hospitais e em clínicas para dependentes químicos, ajuda para casos de abandono de incapaz (crianças e, principalmente, idosos que vivem sós), entre outras. Para o 2º semestre o projeto ganha reforço de um profissional de Fisioterapia, que fará palestras voltadas à orientação a idosos, sobre cuidados com o corpo e a disposição dos móveis na casa.

“Ganho tudo com esse trabalho. É importante para mim sentir a outra pessoa conseguindo trilhar seus caminhos depois de sentir-se perdida em situações que não sabe a quem recorrer”.

Regina Cavalheiro

Acreditamos no trabalho voluntário como forma de exercer a doação de si mesmo e buscando crescimento pessoal, mas não concordamos em substituição ao poder público,  afinal pagamos uma carga tributária desleal com a finalidade desses serviços existirem . Outro aspecto em nossa análise é a resistência na abertura de concursos para profissionais de saúde, principalmente  terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas, mas se tratando de trabalho voluntário,  ouvimos sempre os mesmos elogios vocês são essenciais para melhora da qualidade de vida das pessoas,  concordamos plenamente, mas precisamos de salários dignos e de reconhecimento profissional, dessa forma esperamos do poder público reconhecimento real de nossas profissões, afinal elogios não pagam contas e nem nos isentam dos imposto sacrificantes.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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