Tardiamente, a candidata petista à presidência busca ensinamentos para melhorar seu comportamento público e aumentar sua capacidade de conquistar votos. Nas edições dos jornais de ontem, o assunto foi abordado. Em O Estado de S. Paulo, com o sugestivo título “Dilminha paz e amor treina impostação de voz”.

Dilma na Escola
Dilma na Escola

Segundo a reportagem, a pretendente ao posto máximo na nação “faz curso intensivo para a sobrevivência em campanha eleitoral”. Recebe aulas semanais de como se comportar no enfrentamento com jornalistas e impressionar melhor o grande público. A nova postura substitui à malcriada, de pavio curto de outrora. Exercícios de fonoaudiologia foram receitados pela carioca Olga Dourado, consultora em comunicação social e especializada em preparar seus clientes para embates, utilizando ensinamentos originais da arte marcial japonesa. A orientação é “usar energia vital para reduzir os conflitos e driblar as adversidades”. O treinamento é constante, aproveitando-se inclusive o tempo, normalmente ocioso, dos vôos pelo Brasil afora. De outro lado os marqueteiros aliados pedem que se corrijam as deficiências corporais da pupila de Lula, reiniciando as sessões de fisioterapia, abandonadas por ela há algum tempo.
A imprensa: Os repórteres, na missão de bem informar, sempre provocam os entrevistados. Os assessores sugerem, em casos tais, falar menos. Prolixidade nas respostas é desaconselhável. Perder a esportiva e responder malcriadamente, como é do seu estilo, não pode acontecer mais. Objetividade e boa educação não fazem mal a ninguém, é o conselho dos entendidos.
Má memória: Errar nomes de pessoas, cidades ou bairros, como vem acontecendo, é inaceitável. A troca do nome do Ministro da Educação de Fernando para Paulo Hadad pegou mal. Pior ainda -chamar o deputado Eunicio de Oliveira, do PMDB-CE, de Eunice. Este incidente ocorreu em recente reunião. Detalhe: o parlamentar estava à sua frente, de terno e gravata.
Empolgação: Aqueles que buscam votos devem se apresentar com fisionomia alegre, com simpatia exultante, com promessas firmes e, acima de tudo, empolgar o eleitorado, transmitindo confiança e convicção. A emoção é fundamental para sensibilizar a platéia. Pelo menos por enquanto a escolhida do Partido dos Trabalhadores está longe de atingir esses objetivos.
Situação atual: Até agora a sustentação principal, quase única, de Dilma, é o prestígio do presidente da República. Ele é um mito, aprovado por quase 80% da população. Seus esforços são hercúleos no afã de transferir sua popularidade. Já se propôs a deixar o cargo, por um largo período, para participar das peregrinações eleitorais em todo território nacional.
E o partido? Lula em alta e o PT em baixa. Situação esdrúxula. Mas é a realidade. Não há um único líder político exponencial, eleitoralmente falando, salvo o chefe. Há o risco deste se cansar e diminuir o seu ritmo. A laje está sustentada apenas por uma coluna. O aperfeiçoamento da postulante terá que ser intensificado em todos os sentidos. É importante lembrar que a imagem do candidato contribui para a campanha com apreciável percentual. Dilma precisa rebolar.

Fonte: http://www.parana-online.com.br/

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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