Por : Mayra Barreto

Falta de exercícios íntimos causa sedentarismo pélvico. Movimentar a musculatura íntima feminina é tão importante quanto exercitar qualquer outro grupo muscular.

Assim como no tradicional treino de academia, o objetivo da malhação íntima também é fortalecer a musculatura, só que a meta aqui é turbinar os músculos da região pélvica. As mudanças são visíveis em apenas um mês. Ideal para futuras gestantes, pós-parto, mulheres com incontinência urinária, flacidez vaginal e aquelas com disfunções sexuais, os cinco mini halteres previnem e até podem acabar com os problemas.

Quem pensa que só mulheres na idade madura sofrem com problemas de incontinência urinária se engana. Débora Pádua, fisioterapeuta da Clínica Dr José Bento de Souza, em São Paulo, conta que muitas mulheres com 30 anos chegam ao consultório usando toalhas de rosto dobradas na lingerie para tentar controlar a incessante perda de urina, já que um absorvente tradicional já não ajuda mais. Há casos até em que a bexiga aparece exposta na vagina. Nesta situação apenas uma cirurgia resolve, mas, para não chegar a este ponto, a ginástica íntima realizada com os chamados Cones Vaginais, previne muitos problemas causados pelo enfraquecimento e atrofia da musculatura da região pélvica e melhora não só a percepção da região genital como pode “cortar o mal pela raiz”.

Feitos de plástico e chumbo, os pesinhos têm cerca de 4 cm cada um e são inseridos dentro da vagina da mesma maneira que os absorventes internos. Para que eles fiquem lá dentro, a mulher precisa contrair a musculatura do assoalho pélvico. Assim como nos tradicionais halteres da academia, a carga utilizada é progressiva. Quanto mais forte estiver o músculo, mais se consegue suportar. O principal objetivo é fortalecer a musculatura do assoalho pélvico (músculos vaginais e anais) e evitar sua atrofia. Os benefícios são muitos, desde a melhora da sensibilidade vaginal até a estimulação correta da musculatura da região e melhor desempenho sexual.

No caso da incontinência urinária, a técnica ajuda na conscientização da contração muscular, oferece fortalecimento necessário à musculatura atrofiada, proporciona melhor qualidade de vida e aumenta a auto estima.

Já para as futuras mamães, a técnica é fundamental. Para uma gestação mais tranqüila, é fundamental preparar a musculatura antes da chegada do bebê ao útero. Durante a gravidez os músculos do assoalho pélvico sofrem uma pressão maior, já que passam a sustentar o bebê além dos órgãos pélvicos. Neste caso os músculos fortalecidos oferecem um apoio maior ao útero, reduz a pressão sobre a bexiga e melhora as dores lombares, que são comuns em gestantes. E com os músculos “fortes”, a recuperação do pós-parto é muito mais rápida, além de prevenir lacerações da parede vaginal que podem ocorrer no parto. (* os cones vaginais não podem ser utilizados em gestantes)

Mulheres com flatulência vaginal (saída de ar da vagina) e como prolapsos vaginais (exteriorização dos órgãos pela vagina) aprendem a contrair o períneo (parte de baixo da vulva até o ânus), o que reduz ou elimina o problema.

Com o poder de “contração da vagina” ao redor do pênis, a mulher passa a comandar a entrada do órgão masculino na vagina assim como a intensidade dos movimentos (rápida, lenta, alternada, etc). A técnica melhora a sensibilidade tanto da mulher quanto do parceiro no momento do ato sexual.

Fisioterapia Uroginecológica

Técnica desenvolvida dentro da fisioterapia que trabalha os músculos pélvicos e as possíveis alterações ginecológicos, urológicos, obstetrícios, sexuais. Desenvolve trabalhos preventivos e reabilitadores da saúde da mulher.

Fonte: Débora Padua, fisioterapeuta uroginecológica

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About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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