Visando capacitar mais profissionais para mudar esse quadro, a Sociedade Brasileira de Cardiologia realiza em Fortaleza o I Curso Internacional Avançado de Eletrocardiografia e Arritmia

A morte súbita será o principal foco do I Curso Internacional Avançado de Eletrocardiografia e Arritmia, que acontece nos dia 04 e 05 de outubro, entre 8h30min e 17h, no Hotel Gran Marquise, em Fortaleza.  A iniciativa é das Sociedades Brasileira e Cearense de Cardiologia. Outros temas importantes também terão destaque na programação, como as arritmias cardíacas, as síndromes coronarianas agudas e o diagnóstico da síndrome de Brugada, doença rara que leva muitas pessoas à morte.

O evento vai proporcionar a atualização e capacitação dos profissionais em temas atuais da área, através das experiências de especialistas renomados do Brasil e da Europa, como Pedro Brugada, cardiologista que descobriu a síndrome de Brugada, Antoni Bayés de Luna, diretor do Instituto Catalão de Cardiologia, na Espanha, e Andrés Pérez, chefe do setor de eletrocardiografia da Faculdade de Medicina do ABC, em São Paulo.

O Curso vai mostrar, ainda, que a eletrocardiografia continua sendo a ferramenta mais utilizada no diagnóstico de doenças do coração, com a vantagem de ser um método indolor, de fácil manuseio, não invasivo, sem riscos para o paciente e de baixo custo.

Morte Súbita

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a morte súbita faz mais vítimas no país do que o câncer e os acidentes automobilísticos. Todos os anos aproximadamente 300 mil brasileiros são acometidos pela morte súbita, doença cardíaca que se tornou um dos maiores problemas de saúde pública no mundo, afetando, na maioria das vezes, pessoas na faixa etária mais produtiva. A doença também tira a vida de muitos atletas.

O cardiologista e coordenador do curso, Dr. Raimundo Barbosa, explica que a maioria das mortes ocorre fora do ambiente hospitalar, sendo necessário um atendimento rápido para evitar a morte ou sequelas. “O que muitas vezes impede o salvamento é o tempo de atendimento, já que são necessárias manobras de ressuscitação imediatas”. A cada minuto sem a desfibrilação a chance de recuperar a vítima diminui entre 7 e 10 por cento. A morte cerebral ocorre entre 4 a 6 minutos, após a parada cardíaca. Poucas tentativas de ressuscitação são bem sucedidas após 10 minutos. “Hoje a pessoa sofre a parada em casa, o leigo não faz a compressão no peito, a ambulância demora a chegar e o paciente é levado ao hospital praticamente sem chances de recuperação”, revela o Dr. Barbosa. Ele explicou ainda que a aquisição de defibriladores automáticos em locais por onde circulam mais de 2000 pessoas por dia, como aeroportos, shoppings e estádios, é fundamental para salvar a vida de vítimas de paradas cardíacas. O desfibrilador externo automático (DEA) é auto-explicativo, podendo ser manuseado por qualquer pessoa.“Outra saída seria melhorar o serviço público de saúde do Ceará, através de investimentos na capacitação dos profissionais médicos e, principalmente, para-médicos, que trabalham nas unidades de emergência. Não adianta uma tecnologia de ponta se o profissional não sabe utilizá-la”, afirmou Raimundo Barbosa

Para a médica Stela Sampaio, especialista em implante de marcapassos, o que também está faltando é maior eficácia nas medidas preventivas.  Ela explica que a prevenção da morte súbita passa pela prevenção da doença coronariana e seus fatores de risco (hipertensão, diabetes, sedentarismo, tabagismo), avaliação cardiológica de pacientes com desmaios, ou histórico familiar de morte súbita. Diagnosticando a doença é possível evitar os ataques com a implantação de marcapassos no músculo cardíaco. “Essa medida poderia salvar a maioria das mais de 300 mil mortes por ano no Brasil, em decorrência de parada cardíaca. Deveríamos estar fazendo em média 30 mil implantes desses no Brasil por ano e fazemos menos de 10 por cento do necessário”, disse Stela Sampaio.

Serviço: Curso Internacional Avançado de Eletrocardiografia e Arritmia

Inscrições online: www.dinamicaeventos.com.br/eletrocardiografia

Mais informações: (85)3433-6959

Informações à imprensa:

Inove Assessoria em Comunicação

Verônica Melo (85) 8605-0423   Stella Magalhães (85) 9998-7464

About the Author

Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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