Isaac Ribeiro
Repórter
Andar ereto e equilibrando-se em duas pernas sempre representou um desafio para a espécie humana. E um sinal de que essa herança evolutiva continua a causar reações no corpo humano são as dores nas costas que muitos sentem, motivadas seja por problemas posturais, atividades físicas forçadas, trabalho pesado, sedentarismo ou até fatores genéticos. A coluna é quem mais sofre com tudo isso! Segundo a Organização Mundial de Saúde, 80% da população mundial poderão ter pelo menos um episódio de dor nas costas ao longo da vida.
Das doenças da coluna, a hérnia de disco preocupa muita gente, chegando até mesmo a causar prejuízos financeiros, já que causa muita dor, incômodo e até mesmo perda dos movimentos.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a hérnia de disco acomete cerca de cinco milhões de brasileiros e é a segunda maior causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.
O especialista em doenças da coluna, ortopedista Julimar Nogueira, explica ser a hérnia de disco uma situação que ocorre com em boa parte da população e, segundo ele, a hérnia nada mais é do que a evolução do desgaste natural dos discos vertebrais, aquelas estruturas entre um osso e outro.
“Os discos servem para absorver e distribuir cargas. O que acontece é que ao longo dos anos essa estrutura vai se desgastando, como tudo em nós. Em algumas pessoas esse desgaste causa uma ruptura, rasga, e sai um conteúdo para fora do disco. Isso é chamado hérnia de disco. Mas tem características extremamente benignas”, diz Julimar Nogueira, que é presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia no Rio Grande do Norte.
O especialista comenta ainda que que a hérnia de disco virou uma vilã porque, ao longo dos anos, quando começaram as primeiras cirurgias de coluna, conhecia-se muito sobre hérnia de disco e sabia-se pouco tratá-la. As experiências eram muito ruins. Hoje tem esse inconsciente coletivo. “Mas é exatamente o contrário. A hérnia de disco é um dos diagnósticos mais simples e mais tranquilos.”
Existem diversas formas de tratar a hérnia de disco, entre elas a cirurgia – sendo necessária apenas em cerca de 5% dos casos. Entre os métodos não-invasivos, destaca-se a Reconstrução Músculo-Articular (RMA).
Cirurgia de hérnia de disco só é feita em último caso
O tratamento da hérnia de disco é eminentemente clínico, não cirúrgico. A cirurgia é uma exceção, como afirma o especialista em doenças da coluna, Julimar Nogueira, presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia no RN (SBOT/RN). Quando um paciente chega ao seu consultório com esse quadro, inclusive com dores, ele esclarece que o primeiro passo é tratá-lo da forma tradicional/conservadora: acupuntura, fisioterapia, hidroterapia. “Tudo o que a gente puder fazer de analgesia, associada a medicamentos.”
Se todas essas tentativas de reverter o quadro falharem, parte-se para outras manobras, como os bloqueios analgésicos – colocação de medicamento diretamente na hérnia, guiado por raio-x. De acordo com Julimar Nogueira, 70% dos pacientes melhoram.
Uma pessoa pode ter mais de uma hérnia e de diferentes tamanhos. A dor se manifesta quando o achatamento do disco intervertebral libera um líquido interno que toca a raiz nervosa da coluna. Há a possibilidade de a dor ser irradiada para para a extensão da perna, podendo chegar até ao pé.
“Se você é submetido a esses procedimentos e você melhora muito a sua dor, significa que você tem conteúdo mais inflamatório do que mecânico. E você se livra de uma cirurgia”, comenta o especialista, explicando ainda que a cirurgia melhora de imediato, mas ao longo dos anos o resultado é exatamente igual ao de quem foi submetido aos tratamentos conservadores.
O fisioterapeuta Emanuel Eliezer, especializado em osteopatia, diz receber muitos pacientes jovens em seu consultório. São pessoas na faixa dos 30 e 40 anos, economicamente ativas, em plena atividade profissional, mas que são obrigadas a parar devido ao problema, contabilizando sérios prejuízos financeiros. O osteopata entra em ação após o paciente ser submetido à fisioterapia convencional e obter resultados positivos. “Depois que o paciente passa dessa fase, quando já tem uma mobilidade maior, podem ser utilizados alguns métodos que podem melhorar a correção da hérnia. Por exemplo, a osteopatia, um dos melhores para esse fim”, comenta Emanuel.
A osteopatia, explica ele, analisa o paciente de forma global, tratando primeiro a causa para depois tratar as consequências, quase sempre a dor. “Nós verificamos quais são as articulações que estão com problema de injúria e com a manipulação, corrige, reposiciona essa articulação, esses ossos, e tende a deixar a biomecânica favorável”, diz ele. “Quando é feito isso, o paciente já vai referir uma enorme melhora, e bem rápido. Isso, com uma ou duas sessões ele já tem um ganho de amplitude de movimento, de diminuição de dor, consegue fazer suas atividades diárias com mais facilidade. Então, ele tem uma qualidade de vida melhorada em curto espaço de tempo.”
Após a osteopatia, o paciente é encaminhado para um trabalho de reeducação postural, incluindo aulas de pilates, RPG, hidroginástica e até mesmo fortalecimento muscular em academias.
A fisioterapeuta Alini Brito trata a hérnia de disco com a técnica de Reconstrução Músculo-Articular (RMA), que considera “revolucionária” e garante 87% de cura aos pacientes, com comprovação científica no Brasil e nos estados Unidos. A técnica é utilizada em apenas 32 clínicas no País. Trata-se de um programa fisioterapêutico que utiliza recursos de fisioterapia manual, e equipamentos como mesa de tração eletrônica e descompressão mecânica, estabilização vertebral e exercícios de pilates ou musculação. O objetivo da técnica é melhorar o grau de mobilidade dos músculos e a articulação das vértebras da coluna, diminuindo a compressão delas sobre o disco e fortalecendo os músculos e a postura da coluna vertebral por meio de exercícios terapêuticos.
“Em apenas dois meses de sessões o paciente se vê livre das dores que o incomodam. O melhor desse programa é que ele não submete o paciente a uma mesa cirúrgica e, em pouco tempo, as dores somem de vez”, garante Alini.
Outras informações no site www.herniadedisco.com.br
Bate-papo
»Alini Brito, fisioterapeuta
– O que é Reconstrução Músculo-Articular da coluna vertebral (RMA) e qual a vantagem em relação a outras técnicas ?
É um programa de tratamento que apresenta início, meio e fim, associado a técnicas comprovadamente eficazes. Estudos comprovam que há 87% de melhoras dos pacientes, assim se torna o melhor tratamento para hérnia de disco e outras patologias da coluna. O programa de tratamento apresenta quatro etapas distintas, começando pela aplicação da fisioterapia manual, com o objetivo imediato de diminuir a dor e o espasmo muscular. Em seguida , o paciente é tratado em duas mesas, importadas do Estados Unidos, uma de tração eletrônica e outra de flexão e descompressão, o que possibilita a diminuição da pressão intra-disco, o alívio da dor, o aumento do espaço entre as vértebras e da circulação na área da lesão, hidratação, nutrição do disco intervertebral, e alongamento da musculatura profunda. Na terceira etapa, são usadas técnicas e equipamentos de estabilização vertebral, para fortalecer os músculos profundos da coluna e melhorar a estabilização.
– O tratamento é realizado em quanto tempo?
Leva de dois a três meses. Primeiro o paciente faz uma avaliação, e daí vemos se ele tem indicação para o tratamento. O programa tem, em média, vinte e duas aplicações, mas cada caso tem suas particularidades. Então, essas aplicações podem variar um pouco.
– Em quais casos a RMA é indicada?
As principais indicações são protusões discais, que podem gerar tanta dor quanto uma hérnia de disco, espondilólise (anteriorização das vértebras com uma pequena fratura), espondilolistese (anteriorização das vértebras), whiplash, síndrome do chicote (que normalmente acontecem em batidas de carros), estenose, compressão da medula; e ainda dor ciática, dor lombar, dor cervical, degeneração discal, instabilidade vertebral, entre outras indicações.
– Há contra-indicações?
Nós não indicamos essa técnica em casos de osteoporose avançada, pois corre o risco de fraturas. Os pacientes com déficit cognitivo também não poderão fazer o tratamento, além de pessoas com metástase óssea e alterações degenerativas graves.
Depoimento
Quando começou a sentir dores fortes na coluna, o empresário Gláuber Nóbrega diz não ter passado por sua cabeça a possibilidade de ser hérnia de disco. “Até para urinar era difícil, pois doía demais. Cheguei a tomar morfina. Pensei em problema nos rins, mas quando fiquei curvado e não consegui andar, fiz uma ressonância magnética e apontou o pior tipo de hérnia de disco, a extrusa L5-S1”, comenta.
Gláuber diz ter sentido muito medo, pois sabe de casos de pessoas que ficaram tetraplégicas devido à hérnia de disco. As dores continuaram, sendo amenizadas um pouco depois de sessões de acupuntura. Mas a solução só viria após conhecer o Instituto de Tratamento da Coluna Cervical e se submeter a exercícios terapêuticos, além de RPG e pilates.
“Fiz o tratamento durante um ano. Depois fiz outra ressonância e foi constatado que a hérnia diminuiu, passou do tamanho de uma azeitona para o de um caroço feijão. Hoje ando, caminho, subo escadas, pego peso, mas ainda tenho uma certa sensibilidade no local”, relata.
A hérnia de disco mudou a vida de Gláuber, que praticamente abandonou sua empresa e teve até mesmo que comprar um carro automático, sem embreagem. Ele atribui as causas de seu problema ao estresse, a postura errada e falta de exercícios regulares.
Fonte: Tribuna do Norte
Na imprensa leiga, com frases do tipo ‘Técnica não-cirúrgica é capaz de resolver de 80 a 90% das hérnias de disco” e “Colocando fim na hérnia de disco”, profissionais que propagandeiam uma falácia chamada RECONSTRUÇÃO MÚSCULO-ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL mentem descaradamente, na tentativa de confundir a opinião do público leigo e obter vantagens sem ética. Outro grupo de fisioterapeutas faz a mesma coisa e diz que desenvolveu um novo conceito de tratamento da coluna – RCV ( REEQUILÍBRIO DA COLUNA VERTEBRAL), indicado,segundo suas ideias deliantes, para pacientes que sofrem com dores na coluna e foram encaminhados para tratamentos mais invasivos
Os praticantes destas técnicas tem adotado uma postura de disseminação quase viral de informações falaciosas e sem embasamento científico na mídia eletrônica e impressa leiga por todo o país, trazendo um grande dano a verdade dos fatos relacionados aos problemas da coluna.
Em suas publicações, escondem que as técnicas RECONSTRUÇÃO MÚSCULO-ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL E REEQUILIBRIO DA COLUNA VERTEBRAL (RCV), não passam de uma união de coisas inúteis e sabidamente ineficazes por estudos científicos de alta qualidade, que busca apenas dar apoio comercial a profissionais que não guardam mais nenhum compromisso com a verdade ética e científica, sendo apenas mercadores da saúde, prestando um grande desserviço à sociedade nesta prática já condenada pelos estudos científicos…
Temos feito duras críticas em nosso BLOG ao uso das mesas de tração dentro ou fora dos protocolos de RECONSTRUÇÃO MÚSCULO ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL E REEQUILIBRIO DA COLUNA VERTEBRAL (RCV). Muitos defensores destes métodos alegam que lancei uma campanha difamatória contra eles. Não há esta intenção. O fato é que, simplesmente, mostro a inefetividade e as incoerências destes métodos, que podem ser plenamente abolidos sem qualquer prejuízo para o tratamento dos pacientes.
FORTEMENTE BASEADO EM TRABALHOS PRESENTES NA LITERATURA MÉDICO-CIENTÍFICA, DESAFIO PUBLICAMENTE OS DEFENSORES DESTES MÉTODOS SABIDAMENTE INEFICAZES, QUE SÃO A “RECONSTRUÇÃO MÚSCULO-ARTICULAR DA COLUNA VERTEBRAL” E O “REEQUILÍBRIO DA COLUNA VERTEBRAL (RCV)” A DEBATEREM ABERTAMENTE EM EVENTO CIENTÍFICO DE SUA ESCOLHA SOB MODERAÇÃO DE REPRESENTANTES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE FISIOTERAPIA.
SERÁ A OPORTUNIDADE DE ESCLARECER FATOS TÉCNICOS, UMA VEZ QUE OS DEFENSORES DESTE MÉTODO REPETIDAMENTE FOGEM DE ARGUMENTAÇÕES BASEADAS EM EVIDÊNCIAS, BASEANDO SUAS PREMISSAS EM SUPOSIÇÕES SEM FUNDAMENTOS PLAUSÍVEIS E EM MANOBRAS DE MARKETING COMERCIAL SEM SUSTENTAÇÃO EM QUALQUER VERDADE PROVADA PELO MÉTODO CIENTÍFICO.
PREPAREM SUA DEFESA, POIS SEGUE A PAUTA DE MEU ATAQUE:
1. O método de tração dá a entender que promove uma reconstrução de músculos e articulações da coluna vertebral. ISTO É MENTIRA, POIS SÓ SE CHEGA A ESTE FIM COM UMA CIRURGIA DE RECONSTRUÇÃO! UM MÉTODO SIMPLÓRIO COMO ESTE NÃO TEM ESTE PODER MÁGICO.
2. O método de tração diz que se trata de algo pioneiro. ISTO TAMBÉM É MENTIRA, POIS O USO DE MESAS DE TRAÇÃO E GINÁSTICA EM TRATAMENTOS DE COLUNA JÁ USADO HÁ SÉCULOS EM PROTOCOLOS COMO O DE PRAVAZ.
3. O método de tração diz poder tratar hérnias de disco como uma alternativa a uma cirurgia. ISTO É MENTIRA, POIS NAS SITUAÇÕES ONDE EXISTEM REAIS INDICAÇÕES DE CIRURGIAS, COMO NO CASO DE SÍNDROME DA CAUDA EQUINA E NAS MIELOPATIAS CERVICAIS, ESTAS MACAS PODEM ATÉ TRAZER DANOS MEDULARES E DEIXAR PACIENTES ALEIJADOS.
4. O método de tração propõe a realização de 20 ou mais sessões como tratamento das dores nas costas. ISTO É UMA MENTIRA, POIS NESTE LONGO TEMPO OS PACIENTES MELHORARIAM MESMO SEM FAZER QUALQUER TRAÇÃO. JÁ EXISTEM MUITOS TRABALHOS QUE DEMONSTRAM ISSO.
5. O método de tração se diz revolucionário e dá a entender que é superior aos métodos convencionalmente usados na fisioterapia. ISTO É MENTIRA, POIS ELE NÃO TEM NADA DE REVOLUCIONÁRIO NEM É MELHOR QUE OS OUTROS MÉTODOS. PELO CONTRÁRIO, ELE É PIOR QUE A HISTÓRIA NATURAL NAS LOMBALGIAS E CIÁTICAS.
6. O método diz que age através da descompressão de estruturas nervosas. ISTO É MENTIRA, POIS HOJE, SABE-SE QUE A COMPRESSÃO NÃO É O FATOR PRINCIPAL DO PROBLEMA – É PRINCIPALMENTE O FATOR IMUNE E INFLAMATÓRIO – E QUE NÃO HÁ PROVAS DESTA DESCOMPRESSÃO ALEGADA.
7. O método de tração se diz altamenete eficaz e seguro. ISTO É MENTIRA, POIS SUA INEFICÁCIA JÁ FOI COMPROVADA EM VÁRIOS TRABALHOS, TANTO NAS CIÁTICAS E NAS LOMBALGIAS E ELE PODE CAUSAR PIORA DOS QAUDROS DE DOR COM A PRODUÇÃO DE DORES NEUROPÁTICAS DE DIFÍCIL TRATAMENTO.
8. O método de tração alega ser um tratamento de doenças degenerativas discais. ISTO É MENTIRA, TALVEZ SUSTENTADA PELO TOTAL DESCONHECIMENTO DA GRANDE COMPLEXIDADE METABÓLICA DOS PRINCÍPIOS MECANOBIOLÓGICOS EXISTENTES NO DISCO. O DISCO DEGENERADO TEM UMA CASCATA BIOQUÍMICA E METABÓLICA DISFUNCIONAL E NÃO SERÁ UM TRAÇÃO QUE VAI NORMALIZAR ISSO. MUITO PELO CONTRÁRIO, A TRAÇÃO ACELERA A NECESSIDADE METABÓLICA E AGRAVA A DEGENERAÇÃO.
ESTÁ LANÇADO O DESAFIO!!!
Além disso, os promotores desta técnicas de araque se lançam em aventuras mais ousadas e promovem eventos pseudo científicos e delirantes.
Num caldo bizarro de “terapias” sem fundamentos científicos, com muitas delas já devidamente sepultadas pelos conhecimentos mais primários da ciência médica, reunir-se-ão, na cidade de Fortaleza, palestrantes vindos dos quatro cantos: (1) para falar de técnicas como uma tal de microfisioterapia, que zomba ostensivamente do senso lógico e que compete pelos primeiros lugares em questão de charlatanice, (2) para falar de uso de terapias manuais em quadros de dores lombares, quando trabalhos repetidamente mostram sua ineficácia clínica, (3) para falar de Pilates, como se Pilates fosse terapia para problemas de coluna, quando na verdade não passa de uma simples ginástica que não deve ser aplicada em pessoas para tratamento de problemas de saúde, (4) para falar de RPG, técnica infantil que reune conceitos básicos e rudimentares de biomecânica e fisiologia já ultrapassada, e que apenas guarda uma certa importância histórica, principalmente como “case” de comportamento empresarial de profissionais de saúde – que passaram a organizar curso de formação fora do ensino formal e ganharam muito diheiro com isso – e não como sucesso terapêutico, (5) para falar de Osteopatia, que ainda permanece entre nós, apesar de seu anacronismo, pelo modismo e mania de copiar o que vem dos Estados Unidos, mesmo que não sirva de nada… pura falta de auto-estima, (6) para falar de Manipulação de Fáscias, e uma consequente licenciosidade em transformar conceitos teóricos em uma aplicação na prática clínica sem grandes rigores metodológicos, (7) para falar de Estabilização Vertebral, que se conceitua como habilidade de prevenir e controlar movimentos indesejáveis ao redor de um ponto fixo, tornando o profissional, teoricamente, em um verdadeiro aplicador da teoria da gravitação universal no campo terapêutico, como se fosse interessante complicar algo simples para torná-lo mais aplicável, estabilização vertebral é inerente a qualquer prática de cinesioterapia clássica, sem necessidade de tanta frescura, (8) para falar de Mobilização Neural, onde, mais uma vez parece que se vive um delírio coletivo e um desespero de busca de novidades e criação de modismo, ao mesmo tempo em que se esquecem das técnicas realmente eficazes e já existentes, (9) para falar de Quiropraxia e seus absurdos remanescentes de uma era pré-científica, (10) para falar de RMA da Coluna Vertebral, uma união de coisas inúteis e sabidamente inificazes que buscam apenas dar apoio comercial a profissionais que não guardam mais nenhum compromisso com a verdade ética e científica, sendo apenas mercadores da saúde, prestando um grande desserviço à sociedade nesta prática já condenada pelos estudos científicos…
Enfim, após estas breves considerações, nota-se que fazer um congresso desse naipe, à margem da ciência, só poderá unir magos, bruxos e simpatizantes… além, claro, daqueles que lucram com a indústria do chalatanismo, pois tal como os bruxos que devem comprar panelas, asas de morcego, e muitas outros ingredientes para suas poções mágicas, os profissionais que simpatizam com a pseudo-ciência devem comprar macas de tração, aparelhos de quiropraxia, de osteopatia, de iridologia, e de todo o tipo de besteira que lhes servirão para a aplicação de suas “magias terapêuticas” sem qualquer função real e, em sua grande parte, altamente prejudiciais para a saúde e para o bolso dos inocentes e desinformados pacientes.
É hora de abrir os olhos e rechaçar a investida de comportamentos prejudiciais à saúde física e financeira das pessoas, que acreditam naqueles que parecem médicos ou profissionais sérios, mas que não passam de mercadores da saúde.
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Especialista pela Université de Lyon – França
Começou tudo de novo! Tem gente que gosta de ‘aparecer’ falando das outras profissões..
Seria tudo isto uma questão amplamente COMERCIAL?
Caro Guilherme,
Comentário dispensável. O que ocorre é que tem gente querendo fazer o que não compete a sua profissão, e ludibriando o leigo desinformado.
Só não sei por quanto tempo os defensores destes métodos absurdos vão continuar fugindo de meus argumentos. Por que não aparecem e dão suas explicações. Por que temem nossa argumentação? Por que buscam manobras desleais e não nos enfrentam de uma vez. Por que buscaram fugir do confronto no COBRAESF? Sabe o motivo: MEDO. Não de mim, mas de terem que assumir que usam práticas à margem do conhecimento científico, e com essas práticas marginais espalham informações inverídicas, pensando que as coisas erradas podem ser feitas sem qualquer tipo de observação de regras.
De fato, tudo o que eles querem é que isto acabe logo, mas a coisa não vai ser tão fácil assim… Eles devem estar sempre abertos ao contraditório, sem melindres.
“É a contradição que gerar a unidade. Unidade sem contradição não é unidade, é uniformidade. e toda uniformidade é burra. Se há tese e não há antítese, não acontece a síntese”.
Não podemos deixar que a teimosia interesseira de alguns seja mais forte que as argumentações tecidas dentro de um princípio lógico superior.
ESTUDO MOSTRA A INEFICÁCIA DAS TRAÇÕES
Mais um trabalho publicado na revista SPINE intitulado Efficacy of Traction for Nonspecific Low Back Pain: 12-Week and 6-Month Results of a Randomized Clinical Trial, mostrou a ineficácia das trações no tratamento de dores da coluna. O trabalho usou um método randomizado e placebo-controlado com um sistema que simulava a tração. Desta forma, mais um trabalho mostra que não há nenhum sentido no uso de mesas de tração para tratamentos de dores e degenerações da coluna vertebral, como usado em métodos como a “Reconstrução Músculo Articular da Coluna Vertebral”.
Infelizmente, o uso destas mesas de tração está envolvido em uma grande cadeia comercial, que teima em permanecer viva pelas propagandas enganadoras e pelas campanhas de idiotização do público leigo, através de premissas simplórias e incompatíveis com os reais conhecimentos científicos modernos.
Dr Henrique da Mota, MD, AFSA
Ortopedia e Cirurgia da Coluna
Sou paciente e não entendo muito da área de fisioterapia, médica em fim de saúde.mas posso garantir que como várias outras pessoas que conversei e tinham problemas similares ao meu o uso da tração melhorou em muito isso se não curou totalmente, aliviando as dores horríveis a qual não conseguia nem levantar da cama. tudo isso sem entrar realizar cirurgias como alguns médicos me indicarm. Ainda acredito em muito nessas técnicas de osteopatia, quiropraxia não por ter conhecimento científico mas por ter conhecimento real e pessoal no tratamento executado. Pelo que já conversei com os profissionais que me atenderam existe mesmo propagandas mágicas promovendo magníficas curas para todo e qualquer tipo de dor ou lombalgia porém como eles me disseram há somente alguns restritos casos com sintomas específicos que se enquadram dentro dos protocolos de tratamento com a tração e não qualquer pessoa que simplesmente esteja sendindo dores, possam passar pelo tratamento. Em fim mostrou estudos publicados em revistas científicas internacionais os quais não me lembro, mas que comprovavam sim a eficácia do tratamento dentro lógico de um protocolo específico para cada paciente.
Finalizando, não estou aqui para proteger nenhuma classe da área da saúde mas como testemunho pessoal e com várias informações adquiridas relato que o tratamento com alguns tipos de tração são excelentes evitando sim em muitos casos a necessidade de incisão cirúrgica a qual sempre apresenta riscos ao paciente indiscutivelmente.
Nao conheço nenhum dos comentaristas, conheço sim, vossos comentarios e o que posso afirmar aos leitores é que tenho duas hérnias de disco em L-4 e L-5, sinto dores horríveis, as vezes falto nem terminar de tirar a barba/banho. Fiz apenas 1 vez sessao numa dessas mesas de traçao e confesso que sai muito PIOR, infelizmente joguei meu dinheiro fora, e olha! Nao foi barato nao. Fiz tambem umas 50 sessoes de Quiropraxia, até que nas primeiras aliviou, em seguida, tudo voltou, dores e mais dores, de modo que no meu caso, dou razao ao Dr H Mota.
Olá, gostaria de saber se os senhores têm conhecimento da maca de tração TRITON. Dizem que ela é muito boa no tratamento de hérnia de disco e que vem trazendo resultados maravilhosos, mas ainda estou receoso de usá-la.
Moro em São José dos Campos – SP e há uma clínica aqui que a utiliza: Espaço Reabilitar (www.espacoreabilitarsjc.com.br). Os senhores sabem algo a respeito?
Eles são novos no mercado com esta maca de tração, mas só escuto cometários positivos… ainda assim, preciso ter certeza dos benefícios antes de gastar meu dinheiro em novos tratamentos.
Obrigado pela ajuda!!
Att,
Alexandre
Boa tarde.
Gostaria de alguma informacao a respeito da proloterapia. Se e eficiente para o tratamento de hernia de disco (L5-S1).
Abraco..Aguardo.
Gostaria de perguntar ao ilustre médico Dr. Henrique da Mota em Fisioterapia ele acredita?
Pois quando somos operados da coluna e para os Fisioterapeutas que eles nos encaminham!
Será que só a cirurgia resolve?
No meu caso especifico não resolveu!