O Brasil poderia seguir o exemplo de Acopiara, município do Ceará a 349Km de Fortaleza. As escolas públicas municipais podem contar com o serviço de fisioterapia. A Drª: Daiana Almeida-3474-LTF desenvolve no município projeto pioneiro de educação em saúde, entre as ações, educação postural. Uma parceria entre Secretaria da Educação e Secretaria de Saúde. Informe-se e agende uma visita da Fisioterapeuta da Educação à sua escola. Quem primeiro implantou esse serviço no Ceará foi a fisioterapeuta Itana Spinato, professora da FIC Estácio que por seu pioneirismo foi destaque 2011 em nosso blog. Iniciativas como essa previnem grandes problemas a saúde, considerando que 80% da população mundial pode sofrer com problemas da coluna vertebral, além dos grandes índices de doenças não transmissíveis, consideradas doenças da sociedade moderna, exemplos hipertensão e diabetes. Estudos da OMS mostram os benefícios da prática de exercícios na prevenção dessas doenças. Vamos defender e motivar nossos colegas fisioterapeutas a disseminar essa idéia por todo o Brasil.
Em uma análise mais profunda, gestos de aparente boa intenção, trazem a tona um perigo oculto, interesses velados e desvantagens reais para a população. Não devemos promover a “patologização” da sociedade, mas a socialização da saúde. É uma fronteira sutil!
Este é um erro comum aos desavisados ou aos espertalhões de plantão. Querer levar um fisioterapeuta para dentro de um espaço escolar, é “disfuncionalizar ” os estudantes, e “disfuncionalizar” situações que se devem muitas vezes às variações de valores dentro de uma normalidade não traz qualquer vantagem real aos alunos.
Não há qualquer importância nesta tolice descabida, salvo a abertura – com forçação de barra – de um mercado de trabalho em benefício de uma massa de descolocados.
Quem precisa de fisioterapia não são os estudantes. Quem precisa de fisioterapia é o nosso sistema educacional capenga.
Fisioterapia não é sinônimo de patologia. Tolice é pensar o contrário.
Caríssimo Dr. Henrique da Mota, com quem tive a oportunidade de trabalhar junto e por quem nesses anos de desafios no cuidar das disfunções da coluna vertebral, aprendi chamar de Motinha. Quero em primeiro lugar agradecer sua presença constante nesse blog, o que demonstra no mínimo um olhar curioso com relação a colocações e posturas relacionadas à fisioterapia. A minha conduta como mediador desse blog foi e será sempre democrático, não me deixando abalar ou mesmo censurar qualquer tipo de pensamento, conceito e muito menos críticas, as divergências podem muito mais do que as convergências e é dessa forma que busco conduzir minha vida e o meu profissionalismo, muitas vezes discordo de suas colocações em relação à fisioterapia e em muitos outros momentos reflito e posso garantir me sensibilizo e a minha capacidade de transformação aprende melhorar a condução dos meus passos como fisioterapeuta.
Tenho também a enorme preocupação com uma afirmação do seu comentário “Não há qualquer importância nesta tolice descabida, salvo a abertura – com forçação de barra – de um mercado de trabalho em benefício de uma massa de descolocados.” Pelo erro já presente em nossa sociedade em relação ao programa saúde família que muitas vezes é conduzido como programa geração de empregos. Nesse caso específico as colegas fisioterapeutas estão de fato apresentando um trabalho sério na educação em saúde através de suas formações em fisioterapia e mestrado na área de saúde publica, esperamos essa atitude de escolas, empresas, instituições… Em relação a todas as ciências da saúde não importando quem seja a protagonista histórica e sim exercida por profissionais capazes de exercer suas funções com dignidade e que profissionais como Henrique da Mota sejam muito bem remunerados para não permitirem que as pessoas venham ter problemas futuros ou pelo menos diminuírem as atuais estatísticas. Essa é minha forma de pensar, caso os interesses seja transformados em empreguismo, não será para nós nenhuma surpresa e sim mais um apêndice ou mesmo me nossa linguagem ou nomenclatura rotineira uma hérnia social e política que tanto prejudica um contexto falido de fazer saúde.
O que deve ficar em destaque é a necessidade de fazermos sempre uma crítica que não fique apenas na superficialidade. Em uma outra recente postagem, falei sobre fatos ocorridos na história do sistema de saúde de alguns países europeus, como o surgimento dos chamdos “Officier de Santé”, médicos de segunda qualidade para uma população de baixa renda. Isto vem ocorrendo bem perto de nós e não nos damos conta. Temos que estar de olhos abertos, pois nem toda novidade é boa.
É importante que tenhamos esta clara visão, pois estamos vivenciando um momento em que há uma tentação difusa de produzir alternativas – irresponsáveis e irracionais! – ao que já está bem fundamentado, bem institucionalizado e bem sabido, lançando os pacientes em um mundo de aventuras terapêuticas perigosas ou, no mínimo, inúteis. Esta tentação difusa na direção à irracionalidade e ao amadorismo deve ser, mais uma vez na longa história da Medicina, combatida com rigor, pois estamos observando um grande universo de ilusões que gravitam em torno da Medicina real e verdadeira. Não precisamos de uma astrologia terapêutica como alternativa: esotérica, falaciosa e interesseira. Infelizmente, nesta lógica, forças obscuras e não provadas tem ganho uma ingênua credibilidade popular, à margem dos saberes seguros de uma sociedade inteligente e esclarecida.”