Um dia um amigo me ligou, queria ajuda, o casamento acabou, a vida estava uma merda. Ele dizia: ” Tudo o que eu queria na vida, era ser Jorge”. Sorrí diante tal depoimento, sou sempre assim um gozador, mesmo quando uso um Panamá, mesmo quando subo um vulcão, mesmo em lindos vales, nada importa, sou Jorge.

Enquanto tantos lamentam, sou apenas Jorge. Um desses caras perdidos na vida, acreditando em tudo, em todos e não acreditando em nimguem. Fugindo dessa alegria comprada, uns chamam de natal, outros carnaval e eu buscando a avenida, cheio de risos e de alegria, tudo seguindo a risca,novas fantasias, novos rumos, novos desejos, vou seguindo o meu rumo, o meu caminho.

Muitos podem até atirarem pedras, criminalizar, descriminar ou oferecer flores e eu seguindo, sendo Jorge. No início queria ser poesia, virou texto qualquer, agora apenas finalizar, sem nenhum conteúdo, sem conceito, sem rimas ou versos. Mais um texto, feito vida que se desfaz, ou vidas que se encontram, feito beijo na boca, feito amores, feito gente.

Caminhando buscando algo, até já encontrei, perdi e encontrei de novo, feito palavras soltas, quebra cabeça complexo, mas de peça em peça, todo. O riso, a palavra e o compromisso, sou fato, existo e vivo de novo.

O medo não existe, não sei de onde a coragem, são raízes profundas, experiências e muitas poesias lidas, feito Jorge guerreiro, feito menino, feito gente querendo aprender no dia a dia, feito filho amado, feito construção e sabedoria. Vivendo em cada encanto, cada canto, sem deixar espaço, preenchendo o próprio mundo.

Sou assim, nem mesmo me conheço, mas quando cheguei ao mundo, recebí de início um compromisso, missão ou valor, ser Jorge e tenho sido, feito e vivido, menino , rebelde e um homem comprometido, com o que faz, com o que é, com tudo e com todos, feliz da vida, as vezes triste, mesmo assim, um menino.

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Jorge Brandão

Fisioterapeuta, Osteopata, RPGista. Diretor da clinica Fisio Vida.

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