BRAZA é Vitor Isensee, Nícolas Christ e Danilo Cutrim (Foto: A.F Rodrigues / Divulgação)

O trio carioca BRAZA surgiu em março do ano passado com rostos conhecidos do cenário nacional. Nícolas Christ (bateria), Danilo Cutrim (guitarra e voz) e Vitor Isensee (teclado e voz) encerraram a trajetória de 15 anos da banda Forfun antes de acender no projeto atual. Os músicos saíram do rock famosinho dos anos 2000 e apostaram nas várias vertentes do reggae.

Em agosto deste ano a banda lançou pela Deckdisc seu segundo álbum de estúdio: Tijolo por Tijolo. Sucessor de Braza (2016), o disco começou a ser gravado ainda no começo deste ano, no Neblina, estúdio caseiro do guitarrista. Foi daí que saíram as bases de guitarra, teclado e baixo que são ouvidos no disco. A finalização, que incluiu as levadas de bateria acústica, arranjos de metais e as mixagens, ocorreu em maio no estúdio Cantos do Trilho, do produtor Pedro Garcia, baterista do Planet Hemp, também no Rio de Janeiro.

Para além do reggae, as 10 faixas respiram influências que passam pelo rap, hip-hop, dancehall e até funk. Quem já conhecia os meninos de antes vai identificar a veia do rock pulsando em momentos pontuais. Ao Blog, o baterista Nícolas Christ faz o faixa a faixa do Tijolo por Tijolo, com todo groove e brasilidade que o disco traz.

Faixa a faixa: Tijolo por Tijolo (2017) – BRAZA
Por Nícolas  Christ

Ande foi a primeira faixa a ser composta desse álbum. Um chamado pra vida. Reggae com riff de teclado e percussão marcantes”.

Selecta é uma homenagem aos Sound Systems, equipes de funk, radiolas do Maranhão e todas as celebrações e bailes de rua. Teve a participação do nosso camarada e protutor Bruno Negreiros na composição da letra”.

Moldado em Barro é um rap/trap com guitarra afrobeat, teclado reggae e repique tradicional do samba carioca. Outro chamado para a vida, mas desta vez com um fundo reflexivo sobre mazelas e belezas a que nos deparamos no decorrer do percurso”.

Ela me Chamou para Dançar um Ragga é uma exaltação aos encontros mágicos e aos sentimentos gerados por estes encontros”.

Tijolo por Tijolo. Reflexão sobre e chamado à vida. Destaque para a flauta do Lelei Gracindo”.

Chão Chão Terra Terra é um rap/trap com traços de jazz. Uma auto crítica desde a perspectiva do humano para (nós) humanos”.

DUBrasilis. Instrumental reggae/dub com traços de rock. Uma homenagem à mistura brasileira”.

Em Racha a Canela queríamos passar um pouco daquela sensação que dá quando depois de um dia lindo de praia, você tá amarradão se arrumando pra encontrar seus amigos e aproveitar a noite e a Vida. Reggae/ragga com uma pitada de brasilidade no diálogo (do riff) entre guitarra e sax”.

Exército sem Farda é reggae com influências das vertentes mais modernas do estilo. Participação especial e emocionante da Syster Nancy (primeira MC do mundo). Uma ode à paz”.

Qual é o Rosto de Deus faz uma reflexão sobre as oportunidades que vêm junto com os momentos difíceis pelos quais todos passam. O caráter divino em tudo que acontece, por mais difícil e doloroso que possa ser”.

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About the Author

Rubens Rodrigues

Jornalista. Na equipe do O POVO desde 2015. Em 2018, criou o podcast Fora da Ordem e integrou as equipes que venceram o Prêmio Gandhi de Comunicação e o Prêmio CDL de Comunicação. Em 2019, assinou a organização da antologia "Relicário". Estudou Comunicação em Música na OnStage Lab (SP) e é pós-graduando em Jornalismo Digital pela Estácio de Sá.

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