A critica especializada ainda não se decidiu sobre “I Wanna Dance with Somebody” mas eu sim e é ótimo!
Acompanhei a carreira de Whitney Houston desde criança, de forma orgânica. Sempre havia uma capa de revista a minha frente ou um programa de tradução nas rádios nos anos 1990 em que ela estava. Vi “O Guarda-Costas” quantas vezes a fita VHS aguentou e até me arrepio com a cena em que ela corre no aeroporto com uma echarpe branca para cair nos braços de Kevin Costner.
O longa não tem um roteiro perfeito, poderia ser, sei lá, ser uma série para a TV, mas a colcha de retalhos criada no filme se cria também em nossa memória. O filme funciona bem melhor para quem, assim como eu, tem mais de 30 anos e assim é pura emoção.
A biografia musical não decepciona, estão lá todas as músicas que a gente conhece e canta junto e que vão fazendo sentido de acordo com o sucesso e a decadência pelo abuso de drogas vão acontecendo. As personagens masculinas, o pai e o marido, são os vilões. Já o empresário gay, a mãe e a amiga e também primeira namorada, são os pilares de sustentação da mulher que foi engolida pela artista.
A direção do filme também nos poupa de reviver a morte de Whitney, nesse momento o filme retrocede até 1994 onde “A Voz” executa o icônico medley no VMA. A plateia de lá e a do cinema se emocionam e e eu pessoalmente senti saudade de uma época em que cantar bem ainda era a coisa mais importante.
Vejam “I Wanna Dance with Somebody” na UCI da sua cidade.