O Geopark Araripe é um dos destaques da publicação oficial da Unesco sobre geoparques em todo o mundo. Figura em galeria com Canadá, Vietnã e Portugal, por exemplo. É descrito como uma região que mantém viva as tradições coloridas de seus ancestrais. Fala da mistura de vários povos (indígenas, europeus e africanos) com o atributo de ter formado uma identidade cultural distinta com danças folclóricas particulares, canções, expressões religiosas e artísticas.
O reitor da Universidade Regional do Cariri (Urca), Patrício Melo, é um entusiasta do Geopark Araripe. Ele conta que foi o primeiro geoparque das américas e hemisfério sul reconhecido pela GGN (Global Geoparks Network). É composto por 9 geossítios que estão distribuídos em 6 municípios da Região do Cariri.
Tem 3.796 km² de território definido, com geossítios de imenso valor científico, histórico, cultural e ambiental. Todos com valor geológico e paleontológico. O acervo de fósseis de insetos, plantas, répteis voadores, peixes, tartarugas e crocodilos é incalculável. Coisa para 120 milhões de anos, quando ali quase tudo era água.
O Geopark deveria ser a âncora de algo muito maior. Tem potencial para ser uma atração turística internacional, capaz de atrair os tão desejados turistas qualificados e de bom perfil.
O País não valoriza esta riqueza como ela merece.