Fortaleza – Aumentou a concentração de pequenos negócios na Grande Fortaleza, com o Cariri em segundo e o Sertão sobralense em terceiro lugar. Em 2007, os 19 municípios da Região Metropolitana da Capital reuniam 55.984 negócios, ou 53,63% do total. Em 2016, subiu para 59,4%. Mas em números absolutos, crescimento de quase 300%:  decolou para 222.732.

O Cariri tinha no ano passado 32.641 pequenos negócios – 198% a mais ante 2007. Isto equivale a 8,7% do total cearense. Já o Sertão de Sobral subiu mais (313,7%) mas é bem menor em termos absolutos: 14.662 ou 3,9% do total do Ceará. São dados de estudo do Ipece, o órgão de estratégia e pesquisa econômica do Governo cearense, com base em números da Receita Federal.

O Ceará é o nono do Brasil, com 3,24%. Menos do que em 2007, quando fora o oitavo, com 4,18%. No Nordeste é o terceiro em quantidade de  pequenos negócios optantes do Simples Nacional. Ficou atrás da Bahia e Pernambuco (ver quadro abaixo). Um dado nacional: segundo a Receita, o número de empresas optantes do Simples avançou de 2,4 milhões em 2007 (ano da criação do regime) para 11,5 milhões em 2016. Dá 364,2% de aumento.

A frieza dos números acima traz embutido um mar de gente muito corajosa. Para estes, no mais das vezes, não existe contracheque, CLT e uma série de direitos que movem tantos na busca por manter,  ganhar ou não perder. Como lembra o Ipece na apresentação do estudo, é gente que está na pequena confecção, na bodega da esquina ou na lanchonete.

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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