No final das contas – ou seria no início? – acontece o que se cogitava desde antes da posse do presidente. Teria um Governo nascido naquelas circunstâncias condições de tocar adiante uma agenda urgente de reformas? Até hoje Temer mostrava que sim. Fizera o sagrado (montou uma bela equipe econômica) e o profano (trafegou entre a água e a lama no Congresso). Um bocado sujo, vê-se.

Ele até vinha bem. Aprovou a PEC do Teto dos Gastos, avançou com a Reforma Trabalhista e caminhava com a Reforma da Previdência. O kit satanizado de reformas que todos os possíveis sucessores – todos mesmo – torciam por ver aprovado. Afinal, sabe como é, as medidas mais necessárias quase sempre são antipáticas.

Agora, nos prováveis estertores da Era Temer, o País segue com suas várias pressas. Apurar o que tem sido delatado é apenas uma delas. A mais ligeira é a crise fiscal. O Brasil não pode virar o Rio no que ele tem de pior. Economistas militantes da saúde fiscal já alertaram ad nauseum sobre o quanto nossa crise é estrutural.

Diretas Já agora soa como um arroubo juvenil. Merecerá respeito aquele que eleito pelo Congresso – conforme manda a Constituição – tenha a sobriedade para seguir com as reformas. Isto implica ir além do que Temer conseguiu fazer. Há uma urgência.

 

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Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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