Leia a matéria que escrevi para o caderno Vida & Arte do O POVO na edição desta quinta-feira, 26,  sobre Lisboa.

Lisboa ficou jovem

Uma das cidades mais badaladas da Europa hoje, a capital portuguesa atrai pela comida, bebida, pela qualidade de vida e pela pegada cosmopolita que adquiriu.

Jocélio Leal

ENVIADO A LISBOA *

leal@opovo.com.br

Lisboa é logo ali. São 7 horas em média de voo. Ademais, a comida é ótima, os vinhos idem e a língua é a portuguesa, um atrativo a mais para uma nação monoglota como a nossa. Sem contar que o fracasso da segurança pública no lado de cá do mar ajuda a compor o conjunto de razões para atrair tantos brasileiros. Esticando a baladeira, é como se sentissem vizinhos de Wakanda, o paraíso do Pantera Negra. Difícil ir e não repetir.

A TAP, a companhia aérea lusitana que acaba de celebrar 20 anos da rota Fortaleza-Lisboa-Fortaleza, investe no chamado Stopover em Lisboa e Porto. Em suma, aquele modelo pelo qual o turista em conexão é estimulado a ficar alguns dias na cidade sem custos adicionais para marcar bilhete. E ainda com descontos ou brindes em rede de hoteis, restaurantes e passeios. Para quem nunca foi, o bastante para provar do sabor e querer mais. Para quem conhece, uma chance de matar a saudade. O POVO experimentou o Stopover da capital portuguesa em um fim de semana de abril.

A livraria Ler Devagar divide espaço com um restaurante na LX Factory, onde antes havia uma gráfica (Fotos: Jocélio Leal)

Um programa com selo de “Você precisa ir” é a LX Factory.  O lugar tem a cara da Lisboa jovem e cosmopolita, bem diferente da imagem antiga de população idem. Em instalações a ocupar uma área outrora fabril, como entrega o nome, há uma série de bares, restaurantes, galerias, escritórios de publicidade, multimedia, moda, arquitetura e mais. No mais, uma livraria que traduz o X da Coisa: “Ler devagar”. Quem vai de Fortaleza, fica babando e imaginando a mesma ideia na Praia de Iracema ou no Centro.

A livraria fica na entrada do prédio, dividindo espaço com mesas, o conjunto bar-restaurante-cafeteria e impressoras de uma gráfica que não existe mais. No ano de 1846, aquilo tudo era a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, uma importante indústria da época. O bairro é Alcântara, até hoje. Em seguida, o parque de 23 mil m2 deu lugar à Companhia Industrial de Portugal e Colônias, para depois imprimir a marca da tipografia Anuário Comercial de Portugal e Gráfica Mirandela.

Miguel Pereira é piloto de Tuk Tuk e guia turístico. O roteiro é muito bom

Você chegou lá de Tuk Tuk, uma mania da cidade dos últimos cinco anos no máximo. O piloto conhece história e é seu guia. A viagem começa na Praça do Comércio, onde fica um restaurante cuja comida e a recepcionista valem conhecer. O nome dele é Aura e o nome dela não é Jéssica, é Vitória. Ainda que em plena zona turística, pode ir com fé. A comida é ótima. Foi uma das melhores experiências do roteiro da TAP.

Balcão no Bairro de Avillez, restaurante com vários ambientes do chefe José Avillez

Guarde alguma fome para a janta. Outra parada a ticar é o restaurante Bairro do Avillez. O chefe José Avillez é um dos mais badalados da cena lusitana hoje. O ambiente é múltiplo. Há vários em uma só casa, mas há a preocupação em não perder aconchego. Fumantes têm uma área aberta isolada bem no meio. Uma cigarillha cairá bem com o vinho do porto da saída. Saindo, ande. Você está ao lado da Cervejaria Trindade e do Faz Gostos, fechados naquele domingo à noite.

Elevador da Santa Justa

Caminhando um pouquinho, avista-se o Elevador da Santa Justa. É uma daquelas visitas a serem feitas. Esteja subindo ou descendo pelo Centro.

Escolha um rooftop e aproveite a vista e o por do sol

Mercado da Ribeira

Fundamental passar pelo Mercado da Ribeira e ir ao Rooftop certo e bebericar ao por do sol. Há muito mais a mostrar. Por hoje é só.

*O jornalista viajou a convite da TAP

DICAS

– Pastel de Belém só em Belém. Não sendo, chama-se pastel de nata. Já foi repreendido algum dia? Pois bem, caso você o coma lá em Belém, é o próprio. Começou lá em 1837. Em vez de pegar a fila para levar, entre, sente e peça. Será mais rápido. Pronto, entreguei o segredo.

– Visite o Museu do Dinheiro. E, por favor, evite piadas com “La casa de papel”. Eles não aguentam mais. Lá você tem a rica (?!) experiência de conhecer a origem do dinheiro, a série de mudanças do vil metal na humanidade e ainda fazer uma foto sua em uma cédula ou moeda virtual. Tudo de graça.

– Flanar é um programa lisbonense. Você deve fazê-lo enquanto seus amigos forem ao Outlet. Caso queira levar uma dica de lugar para parar e comer, vá à Taberna Sal Grosso. Sorte conseguir uma mesa. Conseguindo, deleite-se.

– Os miradouros (mirantes) são paradas de respeito. Paramos no Miradouro de Alcântara. É o mais alto de Lisboa. Sente num banquinho e veja a Avenida da Liberdade, os miradouros da Graça, o Castelo, a Sé e o Tejo.

 

SERVIÇO

Visite a LX Factory por aqui www.lxfactory.com

Coma os verdadeiros pasteis de Belém emwww.pasteisdebelem.pt

Conheça o dinheiro e faça uma cédula sua de 10 escudos (a moeda portuguesa antes do Euro) em www.museudodinheiro.pt

Há um aplicativo da TAP que mostra por geolocalização onde estão os parceiros com descontos e promoções no seu entorno. Veja como funciona pelo www.flytap.com/pt-br/

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About the Author

Jocélio Leal

Editor-chefe dos núcleos de Negócios e Economia do O POVO- POPVeículos/ POP Imóveis e Construção/Empregos& Carreiras/ Editoria de Economia/ Colunista de Economia e Política no O POVO/ editor-executivo do Anuário do Ceará desde 2001/ Apresenta flashes do Blog nas rádios O POVO-CBN e Nova Brasil FM/ Apresentador da TV O POVO (Canal Futura)

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