Fortaleza – Em Recuperação Judicial, a Eternit vai leiloar dois imóveis. Um deles fica no Ceará e tem lance mínimo de R$ 120 milhões. O segundo em Goiás, com lance mínimo e R$ 35 milhões.
Desde 2014, a companhia tem uma unidade no Complexo do Pecém para produção de louças sanitárias, a CSC. A empresa é uma joint venture com a Corona, na qual a Eternit tem 60%.
Obteve incentivo fiscal via FDI e mais infraestrutura de acesso. Ocupa um terreno com mais de 120.000 m².
O Plano de recuperação judicial da Eternit foi protocolado ontem (2) à noite na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca da Capital de São Paulo.
Dentre as ações previstas, a venda de ativos.
O negócio da Eternit eram as telhas de amianto, banidas do Brasil. Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional dispositivo da Lei Federal nº 9.055, de 1995, que permite a extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto crisotila.
Pesou também a crise da construção civil ocorrida a partir da desabamento da economia na Era Dilma.
Opera também com a extração do mineral crisotila. Teve de pedir a RJ no dia 20 de março.
Conforme o Plano, o que for obtido com a venda do imóvel cearense será usado, em parte, para capital de giro (R$ 18 milhões).
Pretende também pagar a Colcerámica. Em abril, a Eternit adquiriu a totalidade da participação societária que a Colcerámica detém na Companhia Sulamericana de Cerâmica (CSC). O valor não foi informado.
O dinheiro servirá ainda para dar liquidez à execução do plano.