Fortaleza – O Governo do Ceará tem olhado no horizonte com um azimute (em navegação, o conceito de azimute geralmente é usado no sentido de direção) para resolver um dos grandes problemas da história recente do Estado, o Acquário Ceará, a obra que já consumiu pelo menos R$ 130 milhões na Praia de Iracema e marco de uma Era do Palácio da Abolição. Em suma, o aquário pode deixar de ser aquário. Isso mesmo. Pelo desenho, terá muita realidade virtual e pouco peixe vivo.
Poderá até reunir espécimes, mas em coleção bem menor. O equipamento deverá abrigar um museu no qual seriam expostas riquezas do Ceará, como fósseis oriundos do Geopark Araripe, o primeiro geoparque das américas reconhecido pela Unesco.
Lembraria muito o Museu do Amanhã, âncora da revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro. Lá, construído em três anos, a experiência dos visitantes é marcada pela exibição de produções com áudio e vídeo, com fartos recursos interativos.
Os ambientes suscitam reflexões sobre o impacto das ações do homem sobre os diferentes ecossistemas. A visita é dividida em cinco grandes áreas: cosmos, Terra, antropoceno, amanhã e agora.
Segue o conceito moderno de equipamentos culturais do gênero: ir além da contemplação, oferecendo interação sensorial.
A ser batido o martelo, o Governo Camilo terá resolvido uma espinha de peixe atravessada na garganta do Governo e dos cearenses. São estes que estão pagando a conta.
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