Image5

Uma campanha de mídia impressa e urbana criada pela Ogilvy Brasil para a ONG Grupo de Incentivo à Vida (GIV) tem chamado a atenção das pessoas na cidade de São Paulo. Isso porque todos os cartazes utilizados na ação contêm sangue de portadoras do HIV. O objetivo da campanha é alertar quanto à importância de dizer não ao preconceito contra os portadores de HIV/AIDS. A mensagem principal é reforçada pelo conceito que assina todas as peças: Se o preconceito é uma doença, a informação é a cura.

 

O VP de criação da Ogilvy Brasil, Aricio Fortes, destaca que a ideia da campanha “O Cartaz HIV Positivo” surgiu com base na informação de que fora do corpo humano o vírus da AIDS não sobrevive por mais de uma hora. “O cartaz humaniza o problema e traz as pessoas para próximo, mostrando que é possível viver numa sociedade sem preconceito. Prova disso são as reações emocionadas que estamos tendo de quem passa pelas ruas e vê esse material”, relata o publicitário. Toda a produção é da BossaNovaFilms, com direção de cena de Livia Gama. “Esse foi de longe o filme mais especial que dirigi. Me sinto muito agradecida de ter participado”, comenta Livia.

 

Parte das imagens da campanha “O Cartaz HIV Positivo foram registradas em vídeo e mostra, em detalhes, desde o processo da doação de sangue dos voluntários, passando pela confecção dos cartazes, até a campanha chegar às ruas, com depoimentos e entrevistas. Ao todo, nove voluntários forneceram amostras de sangue para a criação das peças, que foram colocadas em pontos de ônibus, faculdades e bares da cidade de São Paulo. Os cartazes e o anúncio não oferecem nenhum risco ao público.

 

 

Além disso, foi criada e executada uma ação especial com o jornal Metro que circula na capital paulista. A edição do dia 29 de abril veio com uma sobrecapa com o texto do cartaz e sangue de portadores do vírus HIV.

[youtube]https://youtu.be/hney5jIi20g[/youtube]

 

Toda a campanha teve apoio do GIV, que há mais 25 anos trabalha pelos portadores do vírus da AIDS. A ação nas ruas de São Paulo já ganhou destaque na mídia, com reportagem no jornalismo da Rede Globo.

 

O texto do cartaz reforça a humanização, fazendo um paralelo com a pessoa portadora do vírus. Sempre destacando que todos podem conviver normalmente com alguém que é HIV positivo.

 

A criação dos cartazes e do anúncio aconteceu com a supervisão do Dr. Artur Kalichman, coordenador adjunto do programa estadual de DST/AIDS de São Paulo e Diretor Substituto do CRT-DST/AIDS, que deu importante apoio à campanha. Durante a produção, foram tomadas todas as medidas exigidas pela vigilância sanitária, garantindo a biossegurança dos cartazes e da equipe envolvida.

 

“Através dessa iniciativa, o GIV e a Ogilvy Brasil esperam ajudar a reduzir o preconceito em relação às pessoas com HIV, mostrando que elas podem exercer perfeitamente, e com total dignidade, o seu papel na sociedade”, diz Aricio Fortes, da Ogilvy.

 

TEXTO DO CARTAZ

 

Eu sou um cartaz HIV positivo

Minhas medidas são 40 x 60 centímetros.

Fui impresso em papel Alta Alvura e minha gramatura é 250.

Eu sou exatamente como qualquer outro cartaz.

Com um detalhe: sou HIV positivo.

 

É isso mesmo que você leu. Sou portador do vírus.

Carrego em mim uma gota de sangue HIV positivo. De verdade.

Neste momento, você pode estar dando um passo

para trás se perguntando se eu ofereço algum perigo.

Minha resposta é: nem de longe.

 

O HIV não sobrevive fora do corpo humano por mais de uma hora.

Por isso, o sangue neste cartaz não traz nenhum perigo.

Assim como conviver com um soropositivo.

 

Você contrai o HIV se tiver relações sexuais sem preservativos

com alguém que não está em tratamento efetivo,

se partilhar de agulhas e seringas com sangue contaminado.

 

Sim, você pode conviver comigo

e com qualquer pessoa soropositiva numa boa.

Nós podemos exercer nossa função na sociedade perfeitamente.

E arrisco dizer que, se eu não tivesse revelado

que tenho HIV, talvez você nem tivesse notado.

 

Porque ser soropositivo não determina quem você é.

Seja para um cartaz ou para um ser humano.

 

Se o preconceito é uma doença, a informação é a cura.

About the Author

Joelma Leal

Jornalista, formada pela Universidade de Fortaleza (Unifor) e especialista em Gerência Executiva de Marketing - Cetrede/UFC. Assessora de comunicação do Grupo O POVO. Titular da coluna Layout, publicada às sextas-feiras, no O POVO, e editora-adjunta do Anuário do Ceará, composto pela publicação impressa, site e especiais para TV. Apresentou o programa Faixa Conexão Layout, da TV O POVO.

View All Articles