Estive na lançamento do livro “Lula na literartura de cordel”, um grosso volume de 528 páginas, organizado por Crispiniano Neto. O autor é poeta, jornalista e diretor-geral da Fundação José Augusto, do Rio Grande do Norte [cargo equivalente ao se secretário da Cultura].

Amigo de Lula desde os tempos da construção do PT, o presidente da República esteva na posse de Cripiniano quando este tomou posse na cadeira 36 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel [ABLC], com sede no Rio de Janeiro.

Tirante o fato de que o livro é “a favor” de Lula – um dos capítulos trata como “falso cordel” os livretos  críticos ao presidente -, a edição é muito bem cuidada, tanto do ponto de vista do conteúdo como da produção gráfica e editorial. [Editora Imeph, de Fortaleza; o livro custa R$ 50,00]

A obra traz uma introdução de como alguns presidentes, no decorrer do tempo, foram tratados pela literatura de cordel e cobre a vida de Lula desde sua lide como metalúrgico, sua chegada à Presidência da República e acompanha também alguns de seus projetos.

Uma boa parte dos cordéis é do próprio Crispiniano, mas há poetas de vários estados nordestinos, incluindo o Ceará.

O lançamento do livro, que levou um bom público ao salão nobre do Ideal Clube no sábado passado, teve um destaque tipo “túnel do tempo”, com um show do Quinteto Agreste, que fez muito sucesso no Ceará nos anos 1980. A banda está voltando à ativa e prepara um novo show.

A cada autógrafo, Crispiniano apôs um verso. Na minha vez ele pergunta: “O que você faz?” Eu respondo e ele escreve com rapidez:

Para o companheiro Plínio
Que também é jornalista
Dedico Lula em cordel
Nos versos do repentista!

Por lá estavam o secretário da Cultura, Auto Filho; o ministro da Previdência José Pimentel [ sentou na-se mesa em que eu estava – e cada vez parece mais decidido a encarar a tarefa de se candidatar a senador]; Vaumik Ribeiro, o novo Secretário da Administração Municipal e Orlando Queiroz, um batalhador da cultura popular.