«Lançe[sic]-merdas e Brega será na Faixa – Ultimamente nossa gloriosa faculdade vem sendo palco de cenas totalmente inadmissíveis. Ano passado, tivemos o famoso episódio em que 2 viadinhos trocaram beijos em uma festa no porão de med. Como se já não bastasse, um deles trajava uma camiseta da Atlética. Porra, manchar o nome de uma instituição da nossa faculdade em território dos medicus [sic] não pode ser tolerado. Na última festa dos bixos [sic], os mesmos viadinhos citados acima, aprontaram uma pior ainda. Os seres se trancaram em uma cabine do banheiro, enquanto se ouviam dizeres do tipo “Aí, tira a mão daí.” Se as coisas continuarem assim, nossa faculdade vai virar uma ECA [Escola de Comunicação e Artes, da USP]. Para retornar a ordem na nossa querida Farmácia, “O Parasita” lança um desafio, jogue merda em um viado [sic], que você receberá, totalmente grátis, um convite de luxo para a Festa Brega 2010. Contamos com a colaboração de todos. Joãozinho Zé-Ruela.»
O trecho acima é do jornal “O Parasita” dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, a Universidade de São Paulo, uma das mais importantes do país.
A Defensoria Pública do Estado de São Paulo informou que irá denunciar o periódico semestral por homofobia à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.
A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Diversidade Sexual afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil contra o jornal por crime de injúria e incitação à violência.
O texto do “O Parasita” é um araque a dois gays que se beijaram numa festa da Faculdade de Medicina Veterinária em outubro de 2008. Na época, o casal, que estudava Letras, havia sido expulso da festa por estar se beijando. Eles registraram boletim de ocorrência contra o Centro Acadêmico de Veterinária por constrangimento ilegal e lesão corporal. [Informações e reprodução ao lado do portal G1.]
Comentário
Falar o quê de uma aberração dessas escrita por estudantes universitários? O texto já diz tudo. Só merece repúdio.
Inacreditável, em outra reportagem o diretor do Centro Acadêmcido de Farmácia tenta reduzir a gravidade, dizendo que o jornal é apenas “uma brincadeira”. Não vi brincadeira alguma, vi intolerância grave e incitando a violência, é um absurdo intolerável e que deveria se rudramente punido. Uma instituição de ensino superior de alto nível como a USP não pode admitir atitudes antiéticas e discriminatórias. Um ser humano desses é justamente o indivíduo que nãopensará duas vezes antes d eutilizar violência contra homossexuais. Uma tristeza, uma vergonha que mancha o nome da Faculdade de Farmácia e da USP como um todo.
Na USP os trotes da medicina matam os pobres (e alguns descendentes de japoneses), segregam os negros e agora, a “farmácia”, ataca os homossexuais. É isso que a USP forma? E ainda tem a petulância de chamar de “gloriosa instituição”. A “SS” também era gloriosa! Manifestaçao de opiniões é livre e valiosa! Incitar violência, é crime! Duvido que os alunos da farmácia da USP saibam a diferença. Se era brincadeira, pior! Milhões de pessoas foram mortas nos campos de concetração por que as pessoas que podiam fazer alguma coisa pensavam dessa forma. E o auntor é covarde, porque usa pseudônimo. Héteros não se comportam dessa forma? Não dão vexame? Para comportamento impróprio, existe o estatudo da universidade. O que pelo que escreveram no jornal, prova que nem sabem o que é! Uma vergonha essa USP! É…o país está, atualmente, cheio de Dourados, AIDS que hetero não pega, H1N1 que é coisa da mídia vacas mágicas que voam.
Eduardo,
amparado no seu comentário defendendo a liberdade de opinioes, me permito uma crítica ao resto do que vc escreveu.
Extender à USP inteira a grosseria e selvageria de alguns de seus alunos me parece injusto.
O episódio, é verdade, mancha a instituicao, mas nao a diminui. Aliás homofobia e outras formas de discriminacao, infelizmente, nao sao privilégios da USP.
Logo, nao acho correto atacar a maior universidade do Brasil por apresentar os mesmos preconceitos que toda a sociedade brasileira apresenta, em maior ou menor intensidade, dependendo do segmento da sociedade e do tipo de preconceito.
Abracos,