A Câmara dos Deputados abriu inscrições para o curso de processo legislativo e eleitoral para jornalistas. As aulas presenciais, ministradas em Brasília, mas o treinamento poderá ser feito por jornalistas de todo o país, com transmissão ao vivo pela internet.
As inscrições podem ser feitas até 14 de maio.
A abertura será no dia 17 de maio, às 9 horas, com palestra do secretário-geral da Mesa da Câmara dos Deputados, Mozart Vianna de Paiva. As aulas sem dois dias da semana: às segundas-feiras e às sextas-feiras, das 9 horas ao meio-dia, entre 17 de maio e 21 de junho. [Informações do portal da Câmara dos Deputados]
Para se inscrever
Enviar e-mail: imprensa@camara.gov.br
Ou telefone: (61) 3216 1507 ou 3215 8013
Informe: veículo de comunicação em que trabalha, cargo e telefones de contato.
Programa do curso e mais informações.
Caro Plínio, apenas quero dividir c/vc uma obs sobre o título desta postagem.A expressão: a distãncia, não tem crase.Tbm não concordo em não tem crase,pois estamos falando da maneira do estudo, no caso seria um advérbio, e qdo não colocamos a crase a palavra passa uma falsa impressão de sujeito, onde temos o artigo “a” e o substantivo”distância”.
Enfim, segundo a norma culta, a expressão “a distância’ só ganha crase se vc determinar a distância.Por exemplo: eu morro à distância de 100m daqui.Pois a palavra tornar-se – ia uma locução prepositiva advinda do uso do DE….
O próprio MEC em seu portal de ensino a ditância traz essa expressão sem crase, como pode verificar no http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=356&id=289&option=com_content&view=article.Caso o sr queira explanar mais sobre o fato e até mesmo ratificar o q escrevo, o google está cheio de sites que tratam do tema: a distância c/ ou s/crase.
Obs: sou leitora assídua do seu blog, pois tenho um blog na área do jornalismo e suas postagens me servem de inspiração.
Abs:
Helayne Serafim
Estudane de Jornalismo
Cara Helayne,
Primeiro, quero agradecer-lhe por escrever. Depois, parabenizá-la por preocupar-se com questões vernáculas, algo raro, mesmo entre jornalistas.
No entanto, quero lhe dizer o seguinte: a crase, na expressão “à distância”, é opcional. Para alguns gramáticos o uso é facultativo nas locuções adverbiais femininas que transmitem a ideia de meio ou instrumento, como “à bala”, por exemplo.
No caso, optei por usar para evitar ambiguidade: “À distância: Câmara oferece curso de legislação eleitoral para jornalistas” – se eu não pusesse o sinal indicativo de crase estaria falando da distância que separa a Câmara dos alunos ou do modo como o curso será dado?
Eu gosto muito de consultar o dicionário Houaiss, veja o que ele diz no verbete “Distância”:
“O uso gramatical baseado nos clássicos da língua é de que o sintagma a distância, quando a distância de que se fala não é especificada, se grafe sem crase: viram algo movendo-se a distância; e com crase, se a distância é especificada: o portão ficava à distância de 4 m; sugere-se, porém, mesmo no primeiro caso, usar da crase, quando a sua falta comprometer de algum modo a clareza da frase: a sentinela vigia à distância.”
Abraço,
Plínio
Só completando o pensamento do meu comentário, o sr pode obsevar que no site da câmara: http://www2.camara.gov.br/noticias/assessoria-de-imprensa/camara-vai-oferecer-curso-a-distancia-para-jornalistas, onde os leitores podem conferir essa matéria, não foi utilizado crase.
Plínio, concordo plenamente com seus argumentos.Entretanto, a norma culta “reza” q não se usa crase sem determinar a distância, como pode ser visto no próprio título da matéria, no site da CD, bem como no portal do MEC.
Diante das eventuais ambiguidades os gramáticos defendem a ideia do uso da crase para evitar esse tipo de problema.E foi a opção q vc escolheu, ressaltando q não é a oficial.
Pessoalmente, eu concordo com os gramáticos no que se refere usar a crase no sintagma a distância e vejo que vc tbm.Por isso, socializei c/vc essa observação.
Abraços
Helayne,
No caso, não existe uma norma “oficial” única, posto que o uso do sinal indicativo de crase na expressão “a distância” é facultativa. Cabe a quem escreve optar por um modo ou outro. No entanto, se você insiste em uma posição “oficial”, como “reza” a “norma culta”, sugiro que escreva para a Academia Brasileira de Letras. No portal, no item “Nossa língua”, há um link para a seçao “ABL responde”, na qual os acadêmicos tiram dúvidas sobre o vernáculo, bastando escrever-lhes. Lá você também poderá ter acesso ao Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, conhecido como Volp, um dicionário muito útil, posto que é uma espécie de “lei” para indicar a forma como as palavras devem ser escritas (não é o caso do qual estamos falando, é uma indicação para você ver). A Academia é, digamos assim, a guardiã da do português brasileiro. O endereço é: http://www.academia.org.br/.
Agradeço seu interesse,
Abraço,
Plínio