Do Blog de Notícias do Knight Center onde o texto pode ser lido na íntegra.

A cobertura da Copa do Mundo tem sido marcada por discussões que ultrapassam as partidas de futebol. Nos Estados Unidos, a extrema-direita declarou guerra ao campeonato – enxerga uma ideologia estrangeira, alheia à cultura americana. No Brasil, as brigas entre o técnico Dunga e jornalistas da Globo geraram uma onda de campanhas na internet contra a emissora.

Torcer durante a Copa nunca foi uma tradição na terra do basquete, do futebol americano e do beisebol. Mas, enquanto a torcida americana dá sinais de que adota o esporte e comemora a heroica classificação de seu time com um “Yes, we can!”, conservadores fazem cara feia e argumentam que “soccer” é coisa da esquerda e de latinos, observam O Estado de S. Paulo e o Uol.

“Copa do Mundo é igual ao sistema universal de assistência médica: o resto do mundo pode gostar, mas nós não queremos”, afirmou Glenn Beck, o famoso comentarista conservador da Fox News, comparando futebol às políticas de Obama (veja o vídeo). Dan Gainor, do Media Research Center, disse que “é jogo de pobre”. E continuou, como menciona o Estadão: “A esquerda está impondo o ensino de futebol nas escolas americanas porque a América está se “amarronzando””. Veja também a curiosa teorização de Gary Schmitt, no blog do American Enterprise Institute: como no futebol, em suas palavras, não imperam nem a excelência nem a justiça (pois o melhor time nem sempre vence), o esporte seria coisa para latinos e europeus, mas não para americanos.

Comentário

Como se vê uma certa direita se parece com uma certa esquerda: ambas veem “coisa do capeta” na cultura de massas.