Trecho de artigo do jornalista Nelson Hoineff, com o mesmo título acima, publicado no Observatório da Imprensa (12/7/2010), O texto comenta o afastamento de dois jornalistas da TV Cultura: Heródoto Barbeiro, por ter feito perguntas ao candidato a presidente do PSDB, José Serra – no programa Roda Viva – sobre o suposto preço alto de pedágios em São Paulo – e Gabriel Priolli por pautar matéria sobre o assunto.

«A sociedade tem que saber imediatamente se Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli foram de fato demitidos por ordem de José Serra. Se não, por que o foram, que tipo de erros contundentes ambos cometeram – até porque são nomes conhecidos pelo público e respeitados no ambiente profissional.

A sociedade tem também que saber quem está ganhando dinheiro público nas emissoras públicas para não lutar por sua independência e, pelo contrário, torná-las mais e mais subservientes aos interesses dos políticos.

Relações promíscuas com vários setores estão no DNA de muitos políticos – não refiro a qualquer um em especial – e isso talvez não possa ser combatido com tanta facilidade. Mas “laranjas” que são postos nas televisões públicas que o povo está pagando – e que as colocam a serviço do atraso, que as lançam ostensivamente no descrédito público –, estes devem ser combatidos e denunciados por quem quer que defenda a possibilidade de uma imprensa equilibrada, de uma televisão pública independente e voltada para o interesse público.

Ser conivente com isso é jogar a televisão brasileira no fundo do poço, é trair os mais elementares ideais libertários.»

Leia na íntegra.