Recebi hoje a visita de ambientalistas e pessoas dispostas a apoiar o projeto de lei do vereador Guilherme Sampaio que visa a regulamentar o uso de aparelhos de som instaladas em bagageiros de veículos ou em carretas externas. São pessoas que usam esse som poderoso em via pública aporrinhando a vida de quem quer um mínimo de sossego.
Fora com o “Paredão”
O projeto ganhou o nome de “Lei do Paredão”, pois esses equipamentos são chamados de “paredões de som”. Muitos desses motoristas o usam de forma criminosa, perto de escolas, hospitais ou de residências.
A “Lei do Paredão” deverá ser votada ainda este mês na Câmara Municipal de Fortaleza.
Estiveram no O POVO Renato Albuquerque (Oficina do Futuro), João Saraiva (SOSCocó), Gabi Simões (representando blocos de pré-carnaval) e Patrícia Carvalhedo (Órbita Bar e Casfor: Casas Associadas do Entorno do Dragão do Mar).
Meios de comunicação
João Saraiva disse disse que o grupo está visitando os meios de comunicação de modo a chamar a sociedade civil se “aproprie” do projeto e passe a debatê-lo, de modo que não seja apenas um assunto da Câmara Municipal.
Para Gabi Simões todos os blocos de pré-carnaval vem tendo problemas com os “paredões” de som. Segundo ela, os “paredões” não seguem a regulamentação imposta aos blocos (como, por exemplo, horário para começo e término da atividade). Além disso, diz ela, desrespeitam os brincantes, impondo um som mais alto que a das bandas, e prejudicam a vizinhança por onde passam, pois não desligam a aparelhagem depois do horário determinado para os blocos.
Violência
Gabi diz que é comum a violência acompanhar os paredões. Ela diz que quando dois “paredões” ou mais se encontram, começa uma disputa para ver quem toca mais alto. Se eles não chegam a um acordo sobre quem faz mais barulho, ela diz ser comum resolver a pendência “fisicamente”.
Para Patrícia Carvalhedo os “paredões” não prejudicam apenas os blocos de pré-carnaval, mas “qualquer atividade cultural” na cidade. Os “paredões” costumam surgir em lugares onde se aglomera muita gente e impõem a música que tocam na altura que querem.
Lei seletiva
Ela diz que os comerciantes do entorno do Dragão do Mar se submetem a uma regulamentação exigente, mas “basta sair da porta do estabelecimento” para que nenhuma lei se imponha aos “paredões” ou ao comércio ilegal que propera na área.
Patrícia lembra que há cerca de dois anos os comerciantes do entrono do Dragão do Mar tentaram organizar uma espécie de “minivirada cultural”, que abrangesses todos os bares, restaurantes e casas de show, mas que o projeto “esbarrou” na “parte externa”, pois a violência trazidas por paredões, ambulantes e outros problemas inviabilizou o projeto.
Só espero que a Lei do Paredão não seja tão criticada como o CTB, Código de Trânsito Brasileiro. Muitos sabem que não podem estacionar em locais proibidos, não podem ultrapassar limites de velocidade e que a vida do pedestre deve ser respeitada, mas quando cometem infrações até mesmo jornalistas e radialistas reclamam que os “coitadinhos” não foram avisados. Exigem até que sejam divulgados os locais onde há fiscal ou fotossenssor. Que não exijam a publicação dos locais onde será feita a fiscalização contra os paredões. Da mesma forma que mais de 80% da população aprova e concorda com as regras de trânsito, quase todos nós reclamamos também do barulho excessivo e de qualquer poluição. Que tenham sucesso pois não conseguimos vencer nem mesmo os que teimam em jogar lixo nas ruas.
Bom dia Plínio.
Não sei se você percebeu ou pode ser uma mera coincidência, mas após a divulgação desta lei contra os “paredões” na mídia, as “pessoas” que possuem esses equipamentos estão, ao contrário do que se poderia imaginar, se sentindo mais à vontade em “rasgar” o seu som. Atualmente, quase que todos os dias, até mesmo de madrugada, eu ouço um carro com este tipo de equipamento. Esta atitude me pareceu uma afronta ao poder público, que, agora, portanto, mais do que nunca, deve coibir este tipo de atitude.
V6 acham mesmo que esse vereador está penssando no povo? eles só querem proibir agora, para depois legalizar tendo que pagar alguma coisa pro governo. assim como eles fazer com seu carro, sua moto etc… ” VIVA OS PAREDÕES”
por esses desocupados, já que gostam tanto de aprovar leis por que não modificam o código penal contra a corrupção, será que eles tenham medo de serem condenados por suas própria leis…