O deputado federal Artur Bruno (PT) visitou O POVO para divulgar o o seu livro Fortaleza – Uma breve história, escrito em conjunto com o historiador Airton de Farias.
O lançamento será na quinta-feira (18/4/2011) no plenário da Assembleia Legislativa, às 19 horas. Um exemplar da obra poderá ser trocado por um quilo de alimento não-perecível – a arrecadação será doada a entidade beneficente.
Câmara federal
Bruno falou também sua adaptação à Câmara Federal, depois de sua longa experiência como vereador e deputado estadual. Ele disse que há duas formas de se trabalhar no parlamento federal, de modo a se transformar em uma “referência”. Ou se procura o caminho da especialização em algum assunto, participando de uma das diversas comissões – ou com a “participação ativa” no plenário.
Plenário
Mas o deputado diz que o plenário é “o poder dos líderes”: são eles que negociam, discursam e votam. Bruno diz que os espaços para o deputado que não ocupa liderança discursar são muito restritos.
Comissões
Sem abrir mão de ocupar espaços no plenário, Bruno diz que optou por se dedicar a um assunto sobre o qual ele acumula bom conhecimento: educação.
Diz que ainda esta semana será eleito vice-presidente da Comissão de Educação e Cultura, e também faz parte da Comissão Especial para o Plano Nacional da Educação, que tem a incumbência de definir 20 metas a serem implementadas nos próximos 10 anos.
Prefeitura
Bruno declarou-se pré-candidato à prefeitura de Fortaleza e diz já ter falado com a prefeita Luizianne Lins sobre o assunto.
Caro Bortolotti, apenas como sugestão ao deputado Artur Bruno:
1 – tenho conversado com alguns amigos que afirmam que o grosso dos votos do Bruno está localizado na chamada classe média – aldeota, cocó, agua fria, etc;
2 – que o Bruno é o típico jeitoso, mauricinho tão do agrado dos que habitam por estas bandas; e
3 – conheço bem a periferia e entendo ser difícil os petistas ali localizados se engajarem numa campanha a favor do Bruno, como fizeram com a Maria Luiza, o próprio Inácio Arruda e agora, bem recente, na reeleição da Luiziane Lins.
Acho bom o Artur Bruno trocar o seu cooper no Parque do Cocó substituindo-o por longas caminhadas no Bom Jardim, Granja Portugal, Barra do Ceará, Parque Presidente Vargas e outros pobres bairros, onde habitam o maior número de eleitores. Os eleitores da periferia do Meireles e do entorno do Iguatemi ele deve separar apenas um tempinho para falar de amenidades. A não ser que, aceitando a sugestão do FHC ele, Bruno, vislumbre ser eleito com apenas os votos da chamada classe média, classe C, sei lá. A Classe C pode até ter conseguido adquirir bens que antes era quase impossível, mas a sua maioria ainda não arredou o pé da periferia.
Caro Plínio:
Enquanto o Deputado Artur Bruno cidadão de fino trato e extremamente polido e político verseja seus livros e divulga suas ações na Câmara Federal a situação de Fortaleza é um caos perfeito na educação. Senão vejamos:
1. Não há democracia ( DIRETORES BIÔNICOS)
2. Não temos diretrizes pedagógicas eficientes
3. Não temos Piso Salarial
4. Não temos respeito nem da comunidade nem dos governos de plantão.
5. Não temos representantes políticos para no defender.
6. Não temos diálogo com a prefeitura que rechaça as representações de professores.
7. Não temos um Sindicato verdadeiramente atuante e real.
8. Não temos situação de vida decente
9. Estamos doentes e desesperançados
10. Não podemos desenvolver um trabalho sério e competente
Passe essa situação ao nobre deputado quem sabe ele possa escrever um livro sobre isso.