Um bom alerta para estudantes e profissionais.

Reproduzido na íntegra do Portal Comunique-se

“Faltam profissionais em jornalismo econômico, diz coordenador do curso do Estadão”

Izabela Vasconcelos

Há mais vagas do que profissionais qualificados. Esse é o cenário do jornalismo econômico no Brasil. De acordo com o coordenador do curso Estado de Jornalismo, Francisco Ornellas, do jornal O Estado de S.Paulo, a área econômica não é vista como a primeira opção dos jornalistas.

“O jornalismo econômico geralmente não é visto como primeira opção, porque os estudantes misturam a paixão com a emoção e seguem por outros caminhos. Mas existe uma demanda forte no jornalismo econômico e por isso é mais fácil conseguir emprego nessa área”, explica.

Jornalista defende a interação da universidade com o mercado (Imagem: Reprodução YouTube)
Além de coordenar o curso Estado de Jornalismo, Ornellas organizou o curso Estado de Jornalismo Econômico. Essa primeira edição do programa selecionou 15 profissionais da casa e outros 15 que já eram alunos do curso Estado de Jornalismo. O curso intensivo, de 10 dias em período integral, conta com palestras de representantes do BNDS, FGV, USP, Governo Federal, entre outros. Na última sexta-feira, 16, os alunos assistiram uma apresentação do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

A jornalista Natália Peixoto, aluna do curso, se mostra satisfeita com o programa. “Geralmente nós temos que aprender esses assuntos na marra. Aqui estamos tendo essa oportunidade de aprender com gente muito experiente. É um aprendizado intensivo”.

Ornellas conta que o curso foi aberto porque a Agência Estado sentia falta de profissionais bem qualificados no mundo dos números. “Tínhamos uma demanda da Agência Estado em conseguir jovens jornalistas com introdução econômica. O curso é como se fosse uma residência médica, uma residência econômica para jornalistas”, define.

Apesar de admitir que os profissionais não saem tão bem qualificados para a área econômica, Ornellas não culpa as universidades, mas sugere soluções. “A faculdade cumpre seu papel. São muitos assuntos para se aprofundar em pouco tempo. Essas coisas só se aprende com a experiência laboral. Se existisse mais interação entre as universidades e as empresas, como acontece na Europa e Estados Unidos, essa formação seria mais rápida”, defende.

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