Coluna Política, no O POVO, que redigi para a edição de 22/6/2013.
Ao jovem manifestante
Finalmente os organizadores do Movimento Passe Livre (MPL) vieram a público para condenar a violência contra os partidos, que se vê nas manifestações, nas quais muitos dos jovens participantes iniciam a militância política (sim, vocês fazem política).
Esse tipo de intolerância – gente queimando bandeiras de partidos, agredindo seus militantes e os expulsando das passeatas – é o ovo da serpente do fascismo: é preciso que isso seja dito claramente.
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Caro Plínio,
Você não deixa de ter razão; devemos a iniciante e jovem democracia brasileira a valorosos militantes, e de partidos políticos inclusive; agora, você há de convir que, no presente momento, vivemos uma profunda crise de credibilidade de toda classe política e aí se inclui os partidos políticos, com raríssimas exceções; a meu ver, os partidos políticos e seus políticos – com exceções, repito – estão aí tão somente no vislumbre de ascensão ao poder e com isso defenderes seus interesses cartoriais.
Com relação a redução da menoridade penal, que você rotula de “pauta conservadora”, permita-se confrontá-lo – pacificamente, é claro. Claro que tão somente a RMP não irá resolver o problema da violencia, da impunidade e da injustiça social do no nosso país; disso devemos ter clareza; o ECA, segundo alguns pensadores sociais, possui um texto avançado, moderno, porém descolado – a meu ver – da nossa realidade. Na atual conjuntura, as autoridades e os gestores desse ECA não tem tido condições aplicá-lo na prática e nem os arranjos sociais propiciam as condições pertinentes, pelas razões que todos nós conhecemos. Diante disso, essa “menoridade penal” tem sido utilizado pelas “instituições criminais”, cooptando menores para suas atividades. Esse tema dá um amplo debate.
É isso aí…