Os fenômenos que ocorrem  à margem, nos subterrâneos, nas periferias (é difícil achar a palavra), enfim fora dos lugares tradicionais da “institucionalidade”, onde vive e se movimenta, ou para os quais olha a classe média – tornando-se, por consequência, o “locus” de cobertura da imprensa -,  sempre surgem como “surpresa”, como um raio em céu azul no panorama do noticiário.

É assim com fenômenos políticos, sociais ou culturais, como foi o caso do “surgimento” da banda Calypso ou do assassinato do MC Daleste – ou das manifestações que sacudiram o Brasil.

Especulações

A imprensa chega a cobrir esses casos, mas não com a intensidade que dedica – por exemplo – a qualquer picuinha que surge no Congresso Nacional, a qualquer diz que diz entre políticos. As “notícias” sobre as eleições de 2014, por exemplo, já rolam há mais de um ano, com ditas e desditas,vai e vens inócuos, mesmo porque são isso mesmo: meras especulações. A vida real, fora dos gabinetes e palácios, tem menos atenção, talvez porque seja menos trepidante e não rendam declarações berrantes.

Fenômenos

Para compreender um pouco melhor o assunto, alguns links de “fenômenos” culturais que movem multidões e chegaram ao conhecimento do “grande público” depois de alguma tragédia.

♦ A vida e a morte de MC Daleste, Hermano Vianna, no O Globo (12/7/2013)
 Tumulto entre fãs de banda mata 3 e fere cerca de 40 em SP, na Folha Online (4/2/2006)
 Funknejo faz sucesso ao juntar gêneros a princípio inconciliáveis, Leonardo Lichote, no O Globo  (9/6/2012)
 Funk paulista vira fenômeno no YouTube, Yuri de Castro, na Folha de S. Paulo  (2/1/2013)
 Funk ostentação, documentário de Konrad Dantas (36 min.)

[Os links circularam na lista da Abraji – Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.]

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