Modestamente, eu também venho travando minha guerra particular, tentando alertar aqueles que reverenciam acriticamente a “liberdade” e a “democracia” propiciada pelas redes sociais. Escrevi vários posts sobre isso, e já reproduzi avisos de pessoas (bem) mais aptas do que eu para falar do assunto, como, por exemplo, Tim Barnes-Lee, o criador da World Wid Web (www), que exclama: Diga ao Facebook que você quer seus dados de volta.

Entrevista

Mas o assunto agora é Max Schrems, um jovem austríaco que vem questionando diretamente o Facebook, o que já obrigou a gigante da internet a criar um departamento com 15 pessoas, exclusivamente para lidar com as queixas que ele dirige à rede social, baseada nas leis europeias de proteção à privacidade.

Veja a entrevista que ele deu a Bernardo Mello, Folha de S. Paulo (16/7/2013)

Facebook não respeita as leis de privacidade europeias

Em 2011, um austríaco com então 23 anos resolveu desafiar o Facebook. Max Schrems, estudante de direito em Viena, evocou as leis europeias de proteção da privacidade para pedir cópia de todas as informações que a rede social guardava sobre ele.

A resposta veio num dossiê de 1.222 páginas. Além do que o próprio Schrems compartilhava com os amigos, o site armazenava uma pilha de dados à sua revelia, como uma lista dos locais de onde ele acessou o site e os comentários que havia apagado.

A experiência levou Schrems a fundar o grupo Europa Contra o Facebook (Europe vs Facebook, em inglês), que cobra respeito às regras de privacidade dos usuários.

A entidade já teve algumas vitórias, como obrigar o Facebook a desativar uma ferramenta que identificava automaticamente o rosto das pessoas em fotos de terceiros.

Os alertas de Schrems ganharam importância depois que o jornal britânico “Guardian” acusou a rede social de repassar dados para o sistema de espionagem americano Prism, o que a empresa nega.

Leia a entrevista completa.

[Veja também: funcionários do Facebook tem acesso à senha dos usuários.]
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