O deputado Osmar Baquit (sem partido) disse nesta sexta-feira, 30, ser alvo de “perseguição” por seu antigo partido, o PSD. Expulso da sigla na semana passada, Baquit classificou a decisão como “ilegal, imoral e inconsequente” e disse estar sendo perseguido por ter se manifestado pela extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
“Eu não poderia ter sido expulso como fui, sem que houvesse o contraditório”, disse o deputado. “Se tivessem decidido com toda a tramitação legal, eu aceitaria. E nem iria recorrer, porque não quero ficar onde as pessoas não me querem. Só que não pode ser desta maneira, retirar um parlamentar de forma grosseira, infantil”, diz o deputado, que recorrerá na Justiça.
Baquit lembrou que Gony Arruda, outro deputado do PSD, assinou PEC que prevê a extinção do TCM e não sofreu qualquer processo de expulsão. “Virou uma questão pessoal. É porque eu sou relator da PEC”, diz. Líder maior do PSD no Ceará, o deputado federal Domingos Neto é filho do presidente do TCM, Domingos Filho.
Outro lado
Domingos Neto, no entanto, rejeita acusações de Baquit. Ele nega qualquer questão pessoal no processo e destaca que o deputado estadual foi convocado para participar de reunião sobre o tema em maio, mas não compareceu. O líder do PSD destaca que o partido havia fechado questão contra a PEC do fim do TCM.
“Eu tinha feito essa representação dos atos dele. Não tem questão pessoal, teve a deliberação do fechamento de questão. Ele foi convidado e não compareceu, teve toda a oportunidade para mostrar suas posições nas reuniões executivas, mas não quis. Ele subiu na tribuna para falar mal do partido e dizer que ia sair”, disse Domingos.
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