Entre as propostas, flanelinhas só poderiam atuar em áreas pré-definidas e com uso de crachá (Foto: Divulgação)

Entre as propostas, flanelinhas só poderiam atuar em áreas pré-definidas e com uso de crachá (Foto: Divulgação)

A Câmara Municipal começou a discutir projeto de lei para regulamentar o exercício da função de guardadores de carro – os “flanelinhas” – em Fortaleza. Entre opções estudadas pela Casa, a vereadora Eliana Gomes (PCdoB) defendeu o reconhecimento formal da profissão, com cadastramento de flanelinhas em atuação na cidade.

Entre proposta com maior aceitação até agora, os guardadores de carro seriam cadastrados e poderiam atuar apenas em espaços cadastrados. Além disso, seria obrigatório o uso de crachás de identificação.

“Em outras cidades já foi feito um cadastro dessas pessoas e também foi trabalhada a parte social”, diz Eliana, que defende a medida como forma de garantir maior “controle e segurança” nas ruas da Capital. “O que não pode acontecer é ficarmos refém do que já acontece, porque se paramos o carro no sinal e não tiver uma moeda para dar, você sofre assédio”, afirma.

“Já teve mulher que levou tapa na cara, que foram agredidas, então é um problema que envolve violência urbana e que também temos que levar em consideração outros pontos, como a situação em que se encontram os flanelinhas e guardadores de carro”, diz a vereadora. Na última quarta-feira, 5, comissão da Casa teve primeira reunião sobre o tema.

Iniciativa popular

A ideia é que outros encontros sejam feitos no Legislativo, com participação da sociedade e flanelinhas, para que “todas as partes interessadas” sejam ouvidas. A proposta parte de uma iniciativa de um cidadão fortalezense, o advogado Alan Sérgio Rodrigues, que enviou proposta de lei regulamentando a atividade ao gabinete de Eliana.

Representante da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, André Sousa defendeu a iniciativa para evitar “aflição social”, mas destacou que diversas pessoas tiram sustento de suas famílias com a atividade. “Essa questão requer muito estudo e análise”, destaca.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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