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Voto útil é combatido pelos candidatos (Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil)

Com o acirramento da campanha eleitoral cada voto conta. Pensando nisso, os candidatos estão correndo atrás da escolha do eleitorado e pregam que apesar das pesquisas oferecem embasamento não certificam como será o resultado final da votação.

A maioria dos candidatos defende a tese de que enquanto ainda houver campanha, desvantagens podem ser revertidas. Presidenciáveis como Marina Silva (Rede), Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (Psol) Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) já se posicionaram contra esse tipo de atitude do eleitorado.

Quando o eleitor se coloca predisposto a fazer um “voto útil” ele privilegia a escolha do candidato que, a seu ver, tem mais chances de vencer tendo como base as informações das pesquisas eleitorais.

Em agenda em São Paulo nesta terça-feira, 18, a presidenciável pela Rede, Marina Silva, afirmou que o eleitor deve votar no “candidato do sonho” no primeiro turno. Mais duro nas palavras, Alvaro Dias afirmou que “quem defende o voto útil assina atestado de burrice”. A declaração foi dada durante o lançamento do livro de seu companheiro de chapa Paulo Rabello de Castro.

O psolista Guilherme Boulos comentou em entrevista à CBN, nessa segunda-feira, 17, que o “voto útil” no primeiro turno pode representar “medo” da crescente de Jair Bolsonaro (PSL) nas pesquisas, mas o presidenciável acredita que “o momento de se juntar e derrotar o atraso é no segundo turno”. “É sempre preciso lembrar o seguinte: a eleição é em dois turnos”, completa.

Os altos índices alcançados por Bolsonaro foram tema de resposta de Geraldo Alckmin sobre o assunto. O tucano afirmou que existem eleitores que declaram voto no militar da reserva para tirar votos do PT, mas essa estratégia poderia ser equivocada. “Pode ser o passaporte para a volta do PT. Porque, no segundo turno, o Bolsonaro perde para todo mundo”, conclui.

Já Ciro Gomes diz que o “voto útil” poderia colocar no segundo turno a candidatura de um “fascista” – referindo-se a Bolsonaro -, e “as enormes contradições do PT”, que segundo o ex-ministro “só quer se perpetuar no poder”.

Nesta terça-feira, 18, em palestra na sede da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Paulo, o candidato foi enfático ao afirmar que defender o “voto útil” é “um insulto à experiência popular”.