Símbolo em verde e amarelo foi defendido por Jacques Wagner (Foto: Reprodução)

Símbolo em verde e amarelo foi defendido por Jacques Wagner (Foto: Reprodução)

Principal articulador da campanha de Fernando Haddad (PT) no 2º turno, o senador eleito Jacques Wagner (PT-BA) defende que a candidatura petista adote tom mais conciliador na nova etapa da disputa. Afirmando que agora o foco é Haddad e não Lula (PT), Wagner defendeu inclusive uso do verde e amarelo na campanha, no lugar do vermelho do PT.

“A bandeira do Brasil é de todos nós. A gente não pode entregar graciosamente para eles o que é um símbolo do país”, disse Wagner, em entrevista ao jornalista Bernardo Mello Franco, colunista do jornal O Globo.

“No 1º turno, ficou claro que o Haddad era o candidato do Lula. Agora temos que mostrar quem ele é: um professor bem formado, que já foi prefeito de São Paulo e recebeu prêmios de boa gestão”, afirma.

Dizendo acreditar em uma virada, o senador eleito criticou o rival Jair Bolsonaro (PSL) por “discurso de ódio” e “baixarias”. “Bolsonaro é um cara inteligente, mas usa sua inteligência para o mal. Acaba liderando monstros que não tinham coragem de externar o preconceito (…) eu, que sou judeu, posso falar disso”, disse Wagner ao jornal carioca.

Logo na segunda-feira após as eleições, lideranças do PT de todo o País destacaram a importância de Haddad buscar tom conciliador no 2º turno, buscando derrotados na primeira etapa como Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Neste sentido, Jacques Wagner tenta costurar uma “frente democrática” contra Bolsonaro, não descartando nem o PSDB.

“É uma coincidência negativa da História que, em vez de ficarem juntos, PT e PSDB tenham polarizado um com o outro. Foram as melhores forças que surgiram no período democrático”, disse Jacques Wagner.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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