Por Ítalo Cosme

Roberto Claudio.
(Foto: Evilázio Bezerra/O POVO)

“É muito grave o que está acontecendo”, diz Roberto Cláudio sobre retirada de médicos cubanos do Programa Mais Médicos

Vice-presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Roberto Cláudio (PDT), chefe do Poder Executivo de Fortaleza, fez apelo na manhã desta sexta-feira, 16, para que o posicionamento a respeito do Programa Mais Médicos seja revisto. Para o gestor, a retirada dos profissionais pelo governo cubano agrava a situação de assistência à saúde de municípios mais pobres e de comunidades mais vulneráveis. A medida de Cuba ocorreu após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Estamos, em nome da Frente dos Prefeitos, fazendo apelo para que haja uma nova negociação. Uma revisão da decisão, porque quem irá pagar por isso é a população mais pobre do Brasil”, ressaltou o gestor. De acordo com Roberto, está sendo feito levantamento para saber o tamanho do impacto em Fortaleza. Prevista para ter início em 25 deste mês, a retirada dos cubanos, segundo o prefeito, deve impulsionar a busca por soluções alternativas.

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“É uma medida que acaba afetando, exatamente, as pessoas que demandam com maior necessidade esse tipo de serviço. É muito grave o que está acontecendo. Isso vai impactar negativamente a saúde no Nordeste brasileiro, e em vários municípios do Brasil”, reflete o prefeito de Fortaleza.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa),  118 municípios serão atingidos em todo o Estado. Em outubro, havia 448 cubanos atuando pelo Mais Médicos, a maioria trabalhando em áreas de vulnerabilidade, reservas indígenas e distritos distantes. Cerca de 15 profissionais cubanos trabalham em Fortaleza.