André Fernandes reforçou denúncias em vídeo nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Alvo de ataques de colegas na Assembleia, o deputado André Fernandes (PSL) divulgou vídeo nesta terça-feira, 18, em que reforça acusações que fez contra o deputado Nezinho Farias (PDT) e “tranquiliza” eleitores de que não terá o mandato cassado na Casa.

“Não terei cassação, não devo satisfação a nenhum deputado estadual (…) fui responsável do começo ao fim nessa questão de denúncias”, disse. “É claro, isso é jogo político: estão tentando desgastar minha imagem, mas não vão conseguir. Deputado André Fernandes está do lado do povo e vai continuar encaminhando denúncias”, disse.

Durante toda a manhã desta terça-feira, 18, deputados se revezaram na tribuna do Legislativo em respostas a acusação feita por Fernandes contra o deputado Nezinho Farias (PDT). Em denúncia levada ao Ministério Público do Estado (MPCE), o deputado do PSL acusou o colega de ter relações com facções criminosas no Ceará.

Segundo Fernandes, a denúncia possui como indício projeto apresentado por Nezinho que supostamente tentaria legalizar o “jogo do bicho” no Ceará. Acontece que a proposta citada na denúncia na verdade trata da regulamentação dos e-sports (modalidade competitiva de jogos eletrônicos) no Estado. A acusação gerou revolta entre deputados.

“Se tiver um indício de ligação minha com facção eu renuncio (…) agora, quero ver se ele renuncia se estiver errado”, disse Nezinho, que disse ter colocado seus sigilos fiscal e telefônico a disposição do MPCE. “Não cheguei ontem aqui por causa de redes sociais (…) eu tenho 60 anos, mais de 30 anos de vida pública”, disse.

Na sessão desta terça, pelo menos 17 parlamentares fizeram discursos críticos à acusação do deputado. “Uma denúncia tão sem pé nem cabeça que é risível. É deprimente que se jogue a vida das pessoas na lama dessa forma irresponsável”, disse Evandro Leitão (PDT), que defendeu “punição exemplar” ao deputado no Conselho de Ética da Casa, que já possui pelo menos duas ações contra ele.

“Lá no começo, quando falei que estaria encaminhando ao órgão competente muitos deputados disseram que eu tinha que responder no Conselho de Ética porque eu tinha que dizer o nome. Eu fui responsável, não citei, entreguei documento lacrado, carimbado como sigiloso. As informações vazaram. Isso que é sério, tem que se apurar de onde que vazou”, disse.

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Carlos Mazza

Repórter do núcleo de Conjuntura do O POVO. Jornalismo de dados, reportagens investigativas, bastidores da política cearense. carlosmazza@opovo.com.br / Twitter: @ccmazza

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